Mais um município com nome inusitado, desta vez Varre-Sai, no noroeste do estado do Rio. O local ganhou a denominação depois que Felicíssimo Faria Salgado doou as terras do povoado, nos idos de 1850.
Ele cumpria promessa a São Sebastião, dando origem ao vilarejo. O nome do município é atribuído a D. Inácia, proprietária de um curral. Quando tropeiros passavam pelo local, ao saírem deixavam tudo sujo e ela irritada dizia que a condição para pernoitar era "varre e sai". De tanto repetir a frase, teria batizado a região.
A partir de meados do século XX, a decadência da lavoura do café teve como conseqüência a estagnação da dinâmica urbana, que hoje é servida por somente uma rodovia estadual que liga Varre-Sai a Natividade.
Foi elevado a categoria de município com a denominação de Varre-Sai, pela lei estadual nº 1790, de 12-01-1991, desmembrado de Natividade. Com 10 mil habitantes, seu gentílico é varre-saiense. Sua taxa de escolarização chega a 96,8% na faixa etária de 06 a 14 anos.
A principal atividade econômica é a cafeicultura, responsável por um terço do produto interno bruto do município. Abrangendo cerca de 38,4 por cento do parque cafeeiro do Estado do Rio de Janeiro, Varre-Sai se destaca como o maior produtor estadual de café, produzindo algo próximo às 200 mil sacas de café, tipo arábica, por ano.
A cidade conta com a Sala Baden Powell, onde estão dispostos discos, objetos (inclusive um violão) e fotos de um dos mais importantes violonistas do país, natural de Varre-Sai.
A região tem 70% da população de origem italiana por ter recebido centenas de imigrantes nos primórdios dos século XX.
A 363 km do Rio, é o município mais distante da capital carioca.
Fonte e foto: Prefeitura de Varre-Sai