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  • Pirenópolis, o santuário colonial goiano redescoberto nos anos 70, tem 123 cachoeiras

    Da Redação em 19 de Junho de 2021    Informar erro
    Pirenópolis, o santuário colonial goiano redescoberto nos anos 70, tem 123 cachoeiras
    Local: Pirenópolis
    LINK: Clique aqui e visite o site
    Para muita gente o ciclo do ouro esteve limitado à cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Mas, em 1727, exploradores portugueses foram além das terras de Tiradentes e descobriram um santuário ecológico em Goiás que tinha abundância do precioso metal.
     
    Foi quando fundaram a cidade de Meia-Ponte, hoje Pirenópolis a 150 km de Brasília e 130 km de Goiânia. O lugar conservou intacta sua feição original com casarões coloniais idênticos aos de Paraty, Ouro Preto, Mariana e Salvador.
     
    Além dos prédios históricos, Pirenópolis se destaca pela extensa vegetação entrecortada por 123 cachoeiras de todos os tamanhos. 
     
    Apesar de ter experimentado o isolamento - que ao mesmo tempo a preservou - a cidade soube aproveitar seu potencial e se transformou no centro turístico da região.
     
    O visitante tem a disposição dezenas de pousadas e restaurantes, além de lojas de roupas e souvernirs, alguns de propriedades de italianos, franceses e até alemães.
     
    O forte são os passeios ecológicos. A 5 km  do centro fica o complexo de cachoeiras de Bonsucesso. O turista é recebido numa fazenda onde o próprio dono dá as boas vindas. É possível conhecer as seis cachoeiras, entre elas, a Pedreira, Bonsucesso e a Lagoa Azul com um poço de seis metros de profundidade. 
     
    No caminho, o turista avista árvores com nomes inusitados: Marmelada Cachorro (os cachorros do mato comem seus frutos), Escorrega Macaco (que os macacos evitam por serem escorregadias), Pindaíba (não tem folhas), Lixeira (cujas folhas são usadas como lixa), além de Jequitibás, Aroeiras, Tamboris, Jatobás, Buritis, entre outras.
     
    Por toda a cidade há ainda árvores frutíferas como Mangueiras, Piquis, Abacateiros, Goiabeiras e Pitangueiras.
     
    A fauna é composta por 130 espécies de pássaros, além de pregos, micos, lobos-guarás, onças e guaribas (macacos que chegam a pesar 60 kg).
     
    Outra opção é visitar o santuário de Vaga Fogo. Situado a seis quilômetros da cidade, tem uma paisagem de rara beleza. 
     
    Um pouco mais longe, a 20 km, está a Serra dos Pireneus composta por três picos. No mais alto (1385 metros) existe uma pequena capela construída em 1927. Na lua cheia de julho é realizada a festa da Santíssima Tridade.
     
    Relatos dos moradores de Pirenópolis dão conta que os morros estão no mesmo paralelo dos Pireneus franceses, sendo que um ao norte e outro ao sul, e por esta razão ganharam este nome e consequentemente a cidade também.
     
    Outra atração imperdível são as cavalhadas, uma festa realizada 50 dias após o domingo de Páscoa. Os habitantes vestem fantasias e máscaras e reconstituem a luta dos mouros contra os cristãos.
     
    Apesar de pouco conhecida, Pirenópolis tem um grande acervo histórico. Destaca-se a Igreja da Matriz (foto), construída em 1732. 
     
    Assim como toda a cidade, ela é tombada pelo Patrimônio Histórico. Construída por escravos, é a mais antiga do estado de Goiás. 
     
    Os casarões coloniais podem ser vistos nas ruas Aurora, Bonfim, Direita, Rosário, Santa Cruz, do Carmo, Nova e Matutina (alguns nomes existem desde 1890).
     
    Outro destaque é a ponte sobre o Rio da Almas, datada de 1822. O rio leva este nome porque nele eram jogados os escravos rebeldes com pedras presas ao pescoço.
     
    Vale conferir também o Theatro de Pirenópolis datado de 1899. Outro fator histórico é a passagem da Coluna Prestes em suas terras. O grupo acampou fora da cidade e obrigou os fazendeiros a trocar cavalos cansados por cavalos novos.
     
    Os moradores garantem que a região seria uma das pontas do novo Distrito Federal no plano original do governo Floriano Peixoto.
     
    Pirenópolis preserva ainda em seu calendário de cultural, celebrações e costumes oriundas de séculos passados, enraizados na religiosidade do catolicismo popular, impulsionado na cidade pela Irmandade do Santíssimo, destacando-se as celebrações quaresmais, a Semana das Dores, Festa de Passos, Semana Santa, Festa do Divino, Corpus Christi e a Festa do Rosário a padroeira, tendo sido estas celebrações em 2019, declaradas como Patrimônio Cultural Imaterial pela Lei Municipal 885/2019.
     
    Vale também conferir a Casa da Ponte, onde morou a poetisa Cora Coralina que projetou a pequena cidade de Goiás para o mundo. O museu pode ser visitado e conta a sua história com objetos e mobiliários originais, curiosidades, livros, troféus e uma coleção de prêmios da poetisa do cerrado.
     
    Como chegar:
    De Brasília saem ônibus direto para Pirenópolis das empresas Santo Antônio e Goianesa. 
     
    O que fazer (ver link acima)
     
    Por Ricardo Rabelo, editor da Agenda Bafafá
     
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