O Café Lamas, fundado em 1874, garante que o famoso prato filé a Oswaldo Aranha surgiu na antiga loja no Largo do Machado.
Segundo a casa, o fato é confirmado pela bisneta do próprio Oswaldo Aranha. A afirmação contrapõe a tese de que o prato teria surgido no restaurante Cosmopolita, na Lapa.
Oswaldo Aranha, diplomata, ministro e senador era frequentador dos dois restaurantes e nada impede que eles tenham adotado sua sugestão de acrescentar alho num filé alto guarnecido de arroz, farofa e batata portuguesa.
O certo é que o prato é um clássico que pode ser encontrado em qualquer bom restaurante do país.
A história do Café Lamas se confunde com a cidade. A arrumação das mesas é idêntica há décadas e frequentar seu salão é como entrar numa cápsula do tempo. O local é admirado por artistas, intelectuais, políticos, jornalistas que traçam seus destinos em suas mesas.
O restaurante viveu vários ciclos e testemunhou importantes momentos da história brasileira. Na década de 80 era chamado de “Brizolamas” em função da grande quantidade de brizolistas que frequentavam o local.
Na década de 90, o então presidente Itamar Franco tomou cafezinho no lugar com dirigentes da UNE.
Até hoje, diretores de teatro, atores e notívagos de todas as áreas e gerações encerram a noitada no Lamas apreciando a comida e os deliciosos sanduíches de pernil ou carne assada. Movidos também pelo atendimento profissional, marca registrada da casa. Chame o garçom pelo nome e terá garantia de satisfação.
O restaurante funciona na Marquês de Abrantes desde 1976, quando a antiga loja, no Largo do Machado, foi desapropriada devido às obras do metrô.