A comunidade japonesa em Itaguaí, município na região metropolitana do Rio, conta com 470 famílias e aproximadamente 2.500 pessoas, formada em sua maioria por nikkeis (descendentes), mas alguns são nascidos no Japão.
A cidade tem até data, 1º de junho, comemorativa da chegada dos primeiros imigrantes japoneses em Itaguaí, em 1939.
A partir desta data, imigrantes fugindo da Segunda Guerra Guerra, criaram o Núcleo Agrícola de Itaguai com a chegada das famílias de Kawaguchi, Wada, Okasaki, Kozaki, Hoshina, Takamine, Hatakeyama.
A maioria das famílias veio primeiramente do interior de São Paulo. O local escolhido foi numa área plana extensa, cercada de serras, cortada bem no meio pelo rio Mazomba e por estar situada próximo ao centro de consumo.
Após meio ano de desbravamento das matas, foram plantadas sementes de tomate e como a terra era virgem e fértil, o resultado foi surpreendente com a produção de cerca de 100 caixas de tomate de boa qualidade.
Terminada a Guerra, muitos imigrantes construíram casas na área urbana de Itaguaí, tornando-se comerciantes com lojas de material de construção, peixarias, quitandas, e até cinema.
O ensino da língua japonesa foi iniciado em março de 1952, com 18 alunos, na casa do Matsunaga. Com a construção do Kaikan no mesmo ano, as aulas passaram a ser ministradas nesse local.
A comunidade tem até um clube, o Itaguaí Bunka Club, fundado em 1952, famoso pelo seus times de baseball, softball e seus torneios de tênis de mesa.
Curiosamente, nos anos 90, muitos nikkeis chegaram a voltar para o Japão em busca de oportunidades, mas depois do terremoto de 2011, retornaram a Itaguaí onde abriram negócios.
O Brasil é hoje a maior colônia japonesa fora do Japão. São 1,5 milhão de nikkeis, cerca de um milhão deles em São Paulo.
O Rio era lugar de reimigração. Há hoje 23 associações japonesas no estado. A influência foi forte também na Baixada Fluminense.
Fonte: Museu da Imigração Japonesa
Fotos: MIJ e Itaguaí Bunka Club