A Antiga Ponta do Pires, onde é hoje a curva do Calombo, na Lagoa Rodrigo de Freitas, é uma das vias de circulação com alto histórico de acidentes, nos dois sentidos, com muitas vítimas fatais.
A construção da Curva do Calombo, no início do século XX, assim como outras obras antigas no Rio de Janeiro, foi feita utilizando-se um sistema de vagonetes sobre trilhos, algo que hoje é feito por caminhões. Ela foi aberta com o desmanche de uma superficie rochosa, cujas pedras foram utilizadas para o aterro de parte da Lagoa Rodrigo de Freitas. O nome é em função da ondulação do terreno.
Nos anos 60 era comum haver "rachas" aos sábados à noite. Elas eram duramente reprimidas pela polícia.
Em 2018, a velocidade máxima na Av. Epitácio Pessoa, na altura da Curva do Calombo, foi reduzida de 70km para 50km/h. O local também chegou a ser recapeado com um asfalto especial que reduzia a velocidade dos automóveis e possui radares de controle de velocidade.
Entre as vítimas fatais da curva está o filho mais velho de Gilberto Gil, Pedro Gil. Em 25 de janeiro de 1990, aos dezenove anos de idade, ele sofreu um acidente de carro e ficou em estado de coma. Pedro era baterista do grupo de rock carioca Egotrip, considerado um extraordinário instrumentista.
Ao voltar de São Paulo para o Rio de Janeiro, acabou dormindo ao volante e perdeu o controle do automóvel. O carro bateu em uma árvore na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Curva do Calombo, e capotou diversas vezes. Foi resgatado e levado para o Hospital Beneficência Portuguesa, com uma fratura no crânio e traumatismo crânio-encefálico.
Em 2 de fevereiro, depois de oito dias internado na Unidade de Tratamento Intensivo em coma profundo, o jovem instrumentista faleceu.