Uma das curiosidades da Ilha do Fundão é o hangar de hidroaviões, localizado próximo ao alojamento dos estudantes, na antiga Ilha das Cabras.
Construído no final da década de 20 pela empresa italiana Lati, abrigou aeronaves até os anos 30. Na década seguinte foi transformado pela aeronáutica em paiol para armazenamento de bombas.
Com a construção do Campus da UFRJ no final da década de 1940, o aterramento de várias ilhas acabou engolindo a ilha das Cabras que abrigava o hangar, que curiosamente acabou preservado, talvez por ocupar uma área federal.
Depois de muitos anos fechada, a instalação foi retomada em 2005 pela UFRJ e desde então abriga exposições e eventos voltados para o público da instituição, como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Próximo ao hangar está conservado o Parque do Catalão, uma reserva de 17 hectares de mata atlântica que está situada na área da antiga Ilha do Catalão e reúne 120 espécies arbóreas diferentes e 180 espécies de aves já foram registradas. A área preserva ecossistemas como manguezais e uma lagoa, que é reabastecida na maré alta.
A Ilha do Fundão abriga, também, uma das edificações do Brasil Colônia que restaram no Rio de Janeiro: a Igreja do Bom Jesus da Coluna, erguida no início do século XVIII e tombada, em 1964, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No local, encontram-se as ruínas de um convento construído por padres franciscanos. A igreja, que fica dentro da área da Companhia de Comando da 1ª Região Militar, está sendo restaurada.
Ainda no campo das curiosidades, vale registrar que a Ilha do Fundão foi usada como circuito de rua para competições de automobilismo, de 1964 a 1965. Uma das corridas realizadas no local, em 11 de abril de 1965, foi vencida por um piloto estreante: Emerson Fittipaldi. Ao volante de um Renault 1093, ele iniciava uma carreira de sucesso, que culminou com dois títulos mundiais de Fórmula 1.
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Fonte: COOPE/UFRJ