TURISMO >> Histórias do Rio
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Americanização do Rio e do Brasil começou com visita de Walt Disney em 1941
Da Redação em 23 de Setembro de 2021 Informar erro
A partir dos anos 40, em plena Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos introduziram uma forte política de "boa vizinhança" com a América do Sul. O primeiro passo para isso foi a visita do desenhista Walt Disney, em duas ocasiões, em 1941 e no ano seguinte.Disney hospedou-se no Copacabana Palace com a mulher e uma equipe de 16 pessoas. Tudo para criar um personagem tipicamente brasileiro partindo de uma ideia original do caricaturista J.Carlos. Assim nascia Zé Carioca, um papagaio cheio de ginga e simpatia.O resultado da viagem de Disney ao Rio pode ser conferido no filme “Alô, amigos”. No longa, Zé Carioca é um papagaio bonachão que coloca o Pato Donald em diversas situações embaraçosas.Na viagem, Disney conheceu Carmem Miranda e Vitor Civita que publicou suas revistas no Brasil. Frequentou ainda a praia, curtiu a noite e dizem que até experimentou a feijoada e "comeu franguinho com as mãos".A alegria do empreendedor era tanta, que foi registrada uma imagem em que Disney estava deitado na areia da Praia de Copacabana, enquanto tirava fotos dos morros da cidade. Esse é um fato curioso, pois Walt Disney estava sorrindo, e ele era conhecido por ser um homem de poucos sorrisos.Walt Disney é a pessoa que venceu o maior número de Óscars na história, sendo 22 prêmios da Academia e 59 indicações.Disney obteve um de seus maiores êxitos em 1955 ao inaugurar a Disneylândia, um superparque de diversões situado em Anaheim, na Califórnia. O parque foi construído graças a uma parceria com a rede de televisão ABC.O "American Way of life" teve outro incentivador com a presença no Rio, do cineasta Orson Welles. Em 1942, ele passou semanas na cidade e o Brasil colhendo material para um filme sobre os hábitos e costumes latinoamericanos. Registrou ainda cenas de carnaval, da Rio Branco ao Copacabana Palace, percorreu favelas e a "night".Curiosamente, o filme nunca chegou a ficar pronto, mas a visita de Welles serviu como cartão de visita e nunca foi esquecida aqui.Ao término da Segunda Guerra, a avalanche cultural norte-americana foi inevitável. Os cinemas passaram a exibir só filmes americanos, o rock explodiu nas rádios, e o estilo de vida sobressaiu sobre a cultura francesa até então predominante no Rio e no Brasil.Com a chegada da TV, no início dos anos 50, ninguém mais segurou a "americanização" que perdura até hoje. E o francês caiu em desuso como um castelo de areia.
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