O Arco do Teles é uma passagem sob um edifício do século XVIII construído para a família Teles de Menezes, daí seu nome. O arco abaulado com moldura em cantaria faz a ligação entre a Praça XV e a Travessa do Comércio, que leva até a Rua do Ouvidor.
Ao atravessar o arco a partir da Praça XV em direção à Rua do Ouvidor é possível vivenciar como era o espaço urbano típico da cidade nos séculos XVIII e XIX, com suas ruas estreitas de paralelepípedos, calçadas estreitas em granito e sobrados colados nas divisas, com sacadas em ferro fundido.
À época dos governadores e dos vice-reis era frequentado por toda a sociedade carioca, que ali acorria atraída pela devoção a uma imagem de Nossa Senhora dos Prazeres, colocada em um nicho no interior do arco.
Reza a lenda que depois de um incêndio no final do século XVIII, a área entrou em decadência e passou a ser local de prostituição. O Arco teria sido o ponto da portuguesa Bárbara dos Prazeres que ao envelhecer sequestrava crianças para rituais de magia negra.
Consta que teria vivido até 1830, quando desapareceu prestes a completar 60 anos. Nesse ano, conta-se que apareceu um cadáver de mulher boiando próximo ao Largo do Paço, com as feições irreconhecíveis. Alguns afirmaram que era Bárbara dos Prazeres, mas ninguém soube dizer como ela teria morrido.
O curioso é que nos anos 50 foi construído um edifício corporativo sobre o pequeno prédio que abriga o arco. Quem olha para cima se depara com uma construção de 10 andares totalmente em contraponto com o histórico arco.
Atualmente grande parte dos sobrados se encontra ocupados por restaurantes e galerias de arte. A construção é tombada pelos Patrimônios Históricos estadual e federal.
Fonte: Arq Guia Rio e Wikipedia