Outra hipótese, também parecida, seria por ser a denominação dada a prisioneiros holandeses, igualmente conhecidos por flamengos, que moraram na região durante o século XVII, trazidos de Pernambuco.
Ou ainda dada à presença de muitos flamingos trazidos para o Brasil das regiões banhadas pelo Mediterrâneo que tinham seus ninhos no local.
As origens do bairro do Flamengo remontam ao período da “descoberta” da Baía de Guanabara. Já em fins de 1503 ou início de 1504, o navegador Gonçalo Coelho abastecia de água a sua expedição na foz do rio Carioca, que desaguava na atual Praia do Flamengo.
Embora os portugueses chamassem o lugar de Aguada dos Marinheiros, os Tamoios influenciaram na mudança do nome para rio Carioca em função de uma feitoria construída no local. Carioca, na língua dos Tamoios, quer dizer casa de branco (cari - branco; oca – casa).
Martins Afonso de Souza, ao chegar ao Rio de Janeiro, em 1530, desembarca na foz do rio Carioca, região conhecida pelos índios como Uruçu-Mirim (abelha pequena na língua dos Tamoios), que ficava nas imediações onde hoje está a Rua Barão do Flamengo.
Em 1531, Pero Lopes de Souza, que fazia parte da expedição de Martins, constrói a primeira casa de pedra da cidade, na foz do rio Carioca, que foi a primeira edificação do gênero existente nas três Américas.
Esta casa serviu de moradia ao primeiro juiz da cidade, Pedro Martins Namorado, nomeado em 1565 por Estácio de Sá.
A casa foi destruída por uma ressaca, sendo reconstruída no século XVII para servir de moradia para o sapateiro Português Sebastião Gonçalves que ali residiu de 1606 a 1620. Por isso, na época, a Praia do Flamengo foi denominada de Praia do Sapateiro.
Posteriormente, o nome foi dado ao Clube Regatas do Flamengo cujo campo, nos primórdios, ficava na Rua Paissandú.
Ilustração: Nicolau Facchinetti
Fonte: Biblioteca Nacional e Wikipedia