O Caju era um balneário, com muitos terrenos preservados à volta e banhado por uma Baía de Guanabara ainda limpa. Os banhos de mar de Dom João VI foram uma recomendação médica para curar a infecção causada pela mordida de um carrapato.
Dizem as más línguas que o primeiro banho de mar de sua vida ele tomou no Caju e mesmo assim, com a condição de ser dentro de um barril e que apenas as pernas fossem molhadas. Como todos repetiam o que a corte fazia, o banho de mar virou, primeiramente recomendação médica, e posteriormente uma atividade de lazer.
Até hoje existe a Casa de Banho de Dom João VI, também conhecida como Museu da Limpeza Urbana.
Outro trecho de banhos do mar, a praia de Santa Luzia era uma opção de lazer para a população carioca nos idos de 1905. Naquele ano, o prefeito Pereira Passos mandou construir, no local, garagens para os barcos dos clubes de remo. Foi o início da descaracterização da praia.
Em 1922, com a derrubada do morro do Castelo, foi construída a Esplanada do Castelo, mas ainda era possível nadar na praia de Santa Luzia, mesmo com a diminuição da faixa de areia.
Na década de 1930, a ampliação do aterro para a construção do Aeroporto Santos Dumont eliminou o que restava da praia e da Ponta do Calabouço.
Com o tempo, Caju e Santa Luiza ficaram como apenas uma lembrança na cidade e um prenúncio do que seria o culto à praia nos anos seguintes.
Fonte: Wikipedia