Um fato histórico que sempre achamos que ficou restrito aos Estados Unidos, aconteceu também no Brasil. Durante a 2ª Guerra, o país manteve 11 campos de concentração, para onde mandava os cidadãos de países do Eixo – a coligação formada por Itália, Japão e Alemanha. Nestes locais, era proibido falar nestas línguas e comunicação com o mundo exterior.
O Brasil rompeu relações diplomáticas com os países do Eixo – cujos cidadãos passaram a ser considerados inimigos. O objetivo era, entre outros, evitar que os imigrantes agissem como agentes infiltrados para seus países de origem. Cortar a comunicação dos imigrantes com o mundo exterior era uma prioridade do governo brasileiro.
Na época, o governo brasileiro fazia de tudo para mostrar que os prisioneiros de guerra eram bem tratados – o que nem sempre era verdade.
Um desses campos, o de Tomé-Açu, no Pará, único localizado na região amazônica, se diferenciou dos demais por aprisionar sobretudo imigrantes japoneses. Lá eles viviam sob regras rígidas, com racionamento de energia e toque de recolher, além de censura de correspondências e proibição de se agrupar.
No Rio de Janeiro, alguns estrangeiros foram mandados para presídios comuns – como os de Ilha Grande e Ilha das Flores (RJ). Mas a maioria foi para campos de concentração, organizados pelo Ministério da Justiça.
O curioso é que com o fim da guerra, os presos foram soltos e entregues à própria sorte, sem ajuda alguma do governo. Alguns não conseguiram se adaptar e voltaram para a terra natal, outros passaram sérias dificuldades para sobreviver.