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  • Chegada da seleção brasileira, campeã mundial de 58, parou o Rio de Janeiro

    Da Redação em 19 de Outubro de 2021    Informar erro
    Chegada da seleção brasileira, campeã mundial de 58, parou o Rio de Janeiro

    Oito anos depois da tristeza que se abateu sobre o Rio em 1950 com a derrota para o Uruguai, a chegada da seleção brasileira campeã do mundo de 1958 foi um verdadeiro frenesi coletivo na Cidade Maravilhosa.
     
    No dia 02 de julho, pessoas de todas as classes sociais e profissões tomaram conta das ruas gritando, dançando, se abraçando, batendo palmas como nunca tinha sido visto então. No Centro, teve chuva incessante de papel picado atirados dos edifícios.
     
    A seleção desembarcou às 14h no antigo Aeroporto do Galeão e seguiu em cortejo num caminhão do Corpo de Bombeiros pela Avenida Brasil onde igualmente milhares de pessoas ovacionavam os campeões. O cortejo seguiu pelo Centro em direção Palácio do Catete onde só chegou às 20h30 sendo recepcionada pelo presidente Juscelino Kubitschek.
     
    A ovação humana chegou a superar a chegada dos pracinhas ao término da Segunda Guerra Mundial. A multidão era tanta que até um espetáculo de dança no Theatro Municipal teve que ser cancelado.
     
    No Amarelinho, na Cinelândia, teve baile de carnaval e populares soltavam foguetes na praça. Em frente ao antigo Senado, um caminhão ostentava uma bandeira brasileira feita de flores de seis metros de comprimento e quatro de largura. Era uma homenagem dos floristas do mercado das flores da Praça Olavo Bilac. Pertinho dalí, um cortejo de mais de 20 carros abertos, com integrantes do Clube dos Democráticos, era ovacionado pela multidão.
     
    No dia seguinte, a seleção embarcou para São Paulo no Santos Dumont onde 1 milhão de pessoas foram para as ruas.
     
    A edição de 1958 da Copa do Mundo FIFA marcou a sexta participação da Seleção Brasileira de Futebol nessa competição. Era o único país a participar de todas as edições do torneio da FIFA, fato que persiste até hoje.
     
    O Brasil chegava pela segunda vez em uma final e enfrentaria a anfitriã, Suécia. A seleção brasileira obteria seu primeiro título mundial.
     
    Após chegar perto da conquista nas edições de 1938 (3º lugar) e de 1950 (vice-campeonato), além do fracasso no Mundial de 1954, a seleção brasileira montou para o campeonato mundial na Suécia um esquema que primava pela organização, comparado à completa bagunça dos anos anteriores. O empresário paulista Paulo Machado de Carvalho chefiou a delegação que viajou para a Suécia, que contava até mesmo com um psicólogo.
     
    O esquema tático do técnico brasileiro Vicente Feola fazia com que Zagallo atacasse e recuasse para marcar no meio-campo, dando origem ao 4-3-3. Com isso, o Brasil mostrou a mais sólida defesa do Mundial (quatro gols sofridos, ao lado do País de Gales). Na frente, o trio Pelé-Garrincha-Vavá fez história.
     
    Segundo Pelé, a equipe de 58 foi mais forte do que a seleção de 1970: "individualmente, acho que a de 58 tinha muito mais jogadores que a de 70. Se você for ver, Didi, Nilton Santos, Garrincha, Pelé, Bellini, excelente em bola alta, Zito no meio. Se comparar o número de jogadores, 58 tinha a melhor equipe.
     
    Com um elenco fabuloso, a Seleção Brasileira enfim obteve o título de campeão mundial na Copa de 1958, após este lhe escapar em edições anteriores, e viu Pelé e Garrincha despontarem como grandes craques do futebol em todos os tempos.

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    Chegada da seleção campeã do mundo de 58


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