O americano Graham Bell inventou e patenteou o telefone em 1876, ano em que aconteceu uma grande exposição na Filadélfia, Estados Unidos, comemorando o Centenário da Independência Americana. O curioso é que nesta feira de tecnologia o invento não chamava a atenção e era visto com desconfiança.
Dom Pedro II, que participava da exposição, testou o equipamento e quase caiu para trás ao ouvir alguém do outro lado da linha respondendo. “Meu Deus, isto fala!”, afirmou.
Sem titubear, o imperador encomendou 100 aparelhos e mandou instalar no Brasil no ano seguinte, em 1877, apenas um ano depois da invenção e do uso nos EUA.
O primeiro aparelho foi instalado na Quinta da Boa Vista ligando o Paço Imperial.
Não demorou para que o Rio de Janeiro tivesse vários usuários, principalmente membros da família imperial, ministérios, forças armadas, inclusive com linha ligando a residência de montanha de D. Pedro em Petrópolis.
As linhas eram instaladas de ponto a ponto e um aparelho se comunicava apenas e diretamente com outro. Assim, o imperador tinha um aparelho para cada ministro.
A central telefônica e as telefonistas chegariam em 1879, permitindo simultaneamente a comunicação com outros aparelhos.
Graham Bell morreu em 1922, considerado um dos mais importantes gênios da história. Dom Pedro II viu em 1889 a Monarquia cair e, exilado em Paris, morreu em 1891.
Se o Imperador não entrasse na vida de Graham Bell, o futuro do aparelho poderia ter sido outro.