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Estrada Rio-Petrópolis, construída em 1928, foi um marco da engenharia brasileira
Da Redação em 26 de Agosto de 2024 Informar erro
A construção da estrada Rio-Petrópolis, inaugurada em 25 de agosto de 1928 pelo então presidente Washington Luís, representou um marco importante na infraestrutura rodoviária do Brasil.Com uma plataforma de oito metros de largura, a estrada foi uma obra de engenharia ousada para a época, ligando a capital federal ao importante município serrano de Petrópolis.No dia seguinte à inauguração, a estrada calçada já demonstrava seu impacto: 1.783 carros passaram por ela, criando filas tão extensas e lentas que um cronista social comparou a rodovia à movimentada Avenida Central, no Rio de Janeiro. Essa afluência massiva de veículos era um indício claro do entusiasmo popular com a nova ligação, que prometia facilitar o acesso entre a cidade do Rio de Janeiro e a região serrana.No entanto, a nova rodovia também trouxe desafios. Apenas dois dias após a inauguração, o tráfego de numerosos caminhões começou a preocupar os motoristas, que temiam os perigos das alturas e das curvas sinuosas.Esses primeiros dias da Rio-Petrópolis revelaram a necessidade de adaptações e melhorias, que começaram a ser implementadas três anos depois, com o revestimento dos 22 km da serra com concreto, aumentando a segurança e a durabilidade da estrada.Um dos feitos mais impressionantes dessa fase de melhorias foram os três viadutos construídos para vencer as profundas grotas ao longo do caminho. Com ousadia, os engenheiros conduziram o concreto desfiladeiro abaixo, superando os desafios naturais e garantindo a viabilidade da estrada.Esses viadutos não só resolveram problemas técnicos, mas também se tornaram marcos da engenharia da época, simbolizando o progresso e a determinação do Brasil em se modernizar. A Rio-Petrópolis, com sua história de superação e inovação, continua sendo uma via essencial para a conexão entre o Rio de Janeiro e a região serrana.Hoje, a rodovia Rio-Petrópolis está obsoleta, com trechos muito sinuosos que dificultam o tráfego de cargas pesadas e a tornam vulnerável às intempéries e à constante neblina. Para piorar, a estrada não possui acostamento em vários pontos, aumentando o risco para os motoristas.Em 2013, foi iniciada a construção de novos trechos que prometiam modernizar a estrada, encurtando distâncias com túneis e viadutos.No entanto, acredite, a obra foi interrompida e, até hoje, não foi retomada, deixando a região à mercê de uma rodovia ultrapassada e perigosa.
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