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  • Febre do Bambolê contagiou o Rio no final da década de 1950

    Da Redação em 11 de Dezembro de 2020    Informar erro
    Febre do Bambolê contagiou o Rio no final da década de 1950

    Coqueluche no Rio no final da década de 50, o bambolê foi um dos brinquedos mais vendidos da história. Bastava circular pelas praias, ruas e parques da cidade para flagar centenas de pessoas praticando a dança.
     
    Também chamado de "hula-hoop", o brinquedo surgiu no Egito há 3 mil anos, mas foi industrializado por dois americanos da Califôrnia nos anos 1950. Artur Melin e Richard Knerr, donos de uma fábrica de brinquedos, trouxeram a ideia da Austrália, onde estudantes de ginástica se divertiam girando aros de bambu na cintura. Não é atoa que eles ficaram ricos já que na época chegou a vender mais de 100 milhões de exemplares.
     
    O sucesso era tanto que clubes do Rio chegavam a promover campeonatos de bambolê com prêmios aos vencedores. No carnaval, foliões criavam fantasias com bambolês e artistas escreviam músicas com o nome do brinquedo. Até peças de teatro exaltavam a novidade.
     
    O uso excessivo chegou a ser advertido na época. Reportagem do Diário de Notícias avisava que ele poderia trazer "consequências desagradáveis para crianças com problemas na coluna, apesar de não oferecer perigo algum a crianças sadias". Já o jornal Última hora, na edição de capa de 1958, afirmava que "o brinquedo contribui substancialmente para aumentar o número de moléstias nervosas e, inclusive, produz casos de loucura".
     
    Os colunistas por sua vez achavam que o brinquedo deveria ser exclusivo de meninas. "Os pais não devem permitir que seus filhos façam uso do tal do bambolê, que mesmo sendo um brinquedo dos mais interessantes, deve ser de uso exclusivo de meninas e mocinhas", dizia a coluna Luzes da Cidade, de novembro de 1958.


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