TURISMO >> Histórias do Rio

  • Iglus de Guadalupe, uma experiência habitacional dos anos 40

    Da Redação em 03 de Dezembro de 2020    Informar erro
    Iglus de Guadalupe, uma experiência habitacional dos anos 40

    Conhecidos com Iglus de Guadalupe são “casas-balão” construídos no bairro Guadalupe, em formato de semiesfera, que lembram iglus. Integraram uma experiência habitacional do Governo no final dos anos 1940 e início dos anos 1950 para população de baixa renda através da Fundação da Casa Popular, empresa pública criada para financiar as casas. 
     
    Este antigo projeto incluía a construção de casas utilizando-se vários materiais (como amianto, madeira, placas, alumínio e alvenaria) onde o governo buscava o melhor custo-benefício para se erguer conjunto habitacional popular.
     
    "Foi uma espécie de laboratório habitacional. Por conta da Segunda Guerra Mundial, ficou-se cinco anos sem construir casas populares. E, terminada a guerra, o governo federal procurou modelos de casas para construir", explica o professor Milton Teixeira, estudioso da história da cidade.
     
    "O subúrbio carioca foi escolhido para ser esse laboratório, mas as casas eram infernalmente quentes e o projeto não foi adiante".
     
    As “casas-balão” (ou iglus de concreto) originalmente tinham sala e quarto ou sala e dois quartos mais cozinha e banheiro, sendo o único tipo de construção da Rua Calama.
     
    Para obter o formato de casa, inflava-se um balão de lona plástica, portas e janelas eram demarcadas com formas de madeira e tudo isso era revestido por uma tela metálica e recoberto por cimento. Havia do "balão pequeno", de quarto e sala, ao "balão grande", de três quartos.
     
    Por dentro, a casa tem paredes abauladas, o que faz com que os moradores tenham alguma dificuldade na disposição de móveis. As paredes que dividem os cômodos são retas, mas não chegam ao teto.
     
    Devido ao formato a casa produzia eco e a situação ficou pior depois de uma explosão no paiol do Exército, em 1958, quando o deslocamento de ar fez com que algumas casas rachassem.
     
    Atualmente, das primeiras unidades que foram concluídas e encheram toda a Rua Calama, poucas ainda resistem. Os moradores foram tentando contornar os problemas térmicos e de infiltração das construções, com coberturas de telhas de amianto ou alumínio. Outros agregaram à estrutura antiga novas casas da construção convencional (os populares “puxadinhos”), ou simplesmente demoliram os iglus de cimento construindo outras edificações no local.
     
    Fonte: Wikipedia


    • TURISMO QUE PODEM TE INTERESSAR

      O tesouro escondido de Angra dos Reis: a busca pelo meteorito perdido
      Saiba Mais
      Piscina do Raposão, um lugar com muita história em Santa Teresa
      Saiba Mais
      Edifício Tradicional: ícone arquitetônico do Rio de Janeiro completa 75 anos
      Saiba Mais


    • COMENTE AQUI

      código captcha

      O QUE ANDAM FALANDO DISSO:


      • Comentário do post Phelipe:
        Eu nunca tinha ouvido falar dessas casas. Achei super interessante!

      • Comentário do post Andre Quintao:
        Engraçado, já vi pousadas com iglus iguais cobrando preço de hospedagem de luxo para passar a noite numa casa dessas

      • Comentário do post LETICIA:
        Por acaso essa casa é minha e através de bafafá.com.br pude ver o estado lastimável que se encontrava. Gostaria que publicasse fotos de agora. É possível? Como posso enviar?

      • Comentário do post Cardoso:
        Fascinante, nunca tinha ouvido falar dessa. Excelente achado.


DIVULGAÇÃO