Um acontecimento que literalmente parou o Rio de Janeiro, no dia 24 de maio de 1930. Assim foi a passagem do Zeppelin pelo céu da cidade. Proveniente da Alemanhã, o dirigível pesava 10 toneladas, era movido a hidrogênio e usava tripas de animais para evitar que o gás escapasse.
Até o Brasil foram três dias e meio de viagem. De navio, o mesmo percurso levava 10 dias. Como curiosidade, atualmente um voo entre a Alemanha e o Rio de Janeiro dura 11 horas. O gigante sobrevoou os bairros da Zona Sul até Santa Cruz, onde um hangar foi especialmente construído para ele.
O hangar onde o dirigível ficou guardado ainda existe. Atualmente, o galpão é utilizado como Museu da Aeronáutica.
O Zeppelin era um luxo com padrão primeira classe. Ele tinha 10 cabines duplas, lavabos, banheiros, restaurante, cozinha e o serviço usava louça de luxo. Pelo Brasil, o Zeppelin transportou brasileiros ilustres como o presidente Getúlio Vargas e Heitor Villa-Lobos.
Em uma crônica de Manuel Bandeira, publicada no Diário Nacional, o fato foi apontado como um acontecimento empolgante. "Um espetáculo perturbantemente inédito", assinalava o escritor.
O Zeppelin chegou a ter voos regulares para o Brasil. O dirigível rígido foi inventado pelo conde alemão Ferdinand Adolf Heinrich August Graf von Zeppelin (Constança, 8 de julho de 1838 — Berlim, 8 de março de 1917), e fabricado pela Luftschiffbau-Zeppelin GmbH.
Sete anos depois de voar pelo Rio, um dirigível similar explodiu nos EUA matando 36 pessoas e levando ao cancelamento do transporte.