O sotaque carioca é caracterizado por algumas peculiaridades fonéticas que o distinguem de outros sotaques brasileiros. Ele tem uma entonação musical e ritmada e uma pronuncia sibilante quando o "s" é pronunciado com um som mais agudo, muitas vezes se assemelhando ao som do "ch" em algumas palavras.
Os sibilos são sons altos, semelhantes a um assobio que ocorrem durante a respiração quando há bloqueio parcial das vias aéreas.
Essa característica é parte da diversidade linguística encontrada no Brasil, onde diferentes regiões do país têm sotaques distintos e variações na pronúncia. A sibilância é apenas uma das muitas características que contribuem para a identidade do sotaque carioca.
Não há evidências históricas claras que indiquem que a chegada da coroa portuguesa tenha introduzido especificamente o fenômeno da sibilância no sotaque carioca. Suas características fonéticas, incluindo a sibilância, são produtos de uma série de influências linguísticas, sociais e históricas ao longo do tempo.
A língua portuguesa já estava presente no Brasil desde o início da colonização, e o português brasileiro evoluiu ao longo dos séculos, incorporando influências indígenas, africanas e de outras línguas europeias. Diferenças regionais na pronúncia e no sotaque desenvolveram-se ao longo do tempo devido a diversos fatores, como o contato com diferentes grupos étnicos, isolamento geográfico e características culturais locais.
A sibilância no sotaque carioca pode ter raízes em diversas fontes, incluindo influências africanas, já que alguns dialetos africanos têm características sibilantes, bem como influências indígenas e europeias. Além disso, o contexto social e a história específica do Rio de Janeiro também desempenharam um papel na formação do sotaque carioca.