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  • Porto do Rio revolucionou o transporte de mercadorias no Rio no início do século XX

    Da Redação em 04 de Outubro de 2021    Informar erro
    Porto do Rio revolucionou o transporte de mercadorias no Rio no início do século XX

    No início do século XX, o Rio de Janeiro passava por grandes transformações com a abertura de largas avenidas, canalização de mangues e outras obras de infraestrutura. Só faltava mesmo um grande e amplo porto que pudesse atender a crescente demanda de mercadorias.
     
    Até então, o Rio de Janeiro tinha dificuldade em transportar seus produtos pois as embarcações atracavam na baía e as mercadorias tinham que ser descarregadas em barcos menores até o litoral. E da mesma forma no sentido contrário com as mercadorias que embarcavam.
     
    Pensando nisso, no governo do presidente Rodrigo Alves, saiu do papel a construção de um grande porto a partir de 1904. O local estabelecido para a construção do cais acostável para grandes embarcações era da Prainha (atual Praça Mauá ) à Ponta do Cajú, próxima à São Cristóvão.
     
    Os trabalhos foram concluídos em 1910 durante a gestão do Presidente Nilo Peçanha, com a execução de 3.500 metros de cais, aterrando uma grande área onde ficam os bairros Saúde, Santo Cristo e Gamboa até então à beira da baía. 
     
    Os entulhos para a obra vieram do Morro do Senado, onde é hoje a Praça da Cruz Vermelha. A cidade, além de ganhar um porto, ganhou também uma grande área livre no centro que serviu à especulação imobiliária e à expansão da cidade com a abertura da Av. Mem de Sá.
     
    Com a construção do novo cais do porto do Rio, as praias que existiam em frente a Praça Maua, bairro da Saúde e Gamboa desapareceram, assim como o Saco de São Cristóvão, Saco do Alferez e a enseada ou saco da Gamboa.
     
    O novo porto contava com 20 armazens principais e 32 secundários equipados com 52 guindastes elétricos, os mais modernos da época. E ainda com uma rede de trilhos que permitia o acesso de trens para a descarga e o embarque de mercadorias.
     
    O curioso é que até as obras, a Baía de Guanabara ia até a Rua Santo Cristo onde os casarões centenários existem até hoje.
     
    Após a inauguração, em 1910, a administração do Porto ficou a cargo da Compagnie du Port do Rio de Janeiro até 1922, e, entre 1923 e 1933, da Companhia Brasileira de Exploração de Portos.
     
    Em 16 de janeiro de 1936, pela Lei nº 190, foi constituído o órgão federal autônomo, denominado Administração do Porto do Rio de Janeiro, que recebeu as instalações em transferência, ficando subordinado ao Departamento Nacional de Portos e Navegação, do Ministério da Viação e Obras Públicas.
     
    Em 9 de julho de 1973, pelo Decreto nº 72.439, foi aprovada a criação da Companhia Docas da Guanabara, atualmente, Companhia Docas do Rio de Janeiro.
     
    Fonte: Biblioteca Nacional e Diário do Porto
     


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