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  • Prédio do Banco Alemão Transatlântico, construído em 1926, era o mais moderno e luxuoso do Centro do Rio

    Da Redação em 13 de Agosto de 2021    Informar erro
    Prédio do Banco Alemão Transatlântico, construído em 1926, era o mais moderno e luxuoso do Centro do Rio

    Construído em 1926 para o Banco Alemão Transatlântico (Deutsche Überseeische Bank), era um dos prédios mais luxuosos e modernos do Centro do Rio.
     
    Localizado nas esquinas da ruas da Alfândega e Quitanda, quase tudo foi importado: elevadores, portas de ferro fundido e bronze, vitrais, mármores de carrara, ar-condicionado e todas as modernidades da época.
     
    O projeto de arquitetura é de autoria de Lambert Riedlinger, alemão que chegou ao Brasil por volta de 1910 e tornou-se um dos nomes de maior destaque nos primórdios do concreto armado do país. A construção tem características ecléticas, com composição clássica em que se destacam o embasamento revestido de mármore e granito, além de grandes vãos com vergas em arco pleno.

    O prédio tinha um cofre Panzer (só havia três iguais no mundo), que alemães residentes no Brasil e também empresas guardavam suas riquezas e não raras vezes abasteciam a máquina de guerra alemã.
     
    Com a entrada do Brasil na guerra o banco foi liquidado e o prédio espoliado pelo governo brasileiro, como outras propriedades e entidades germânicas e italianas. Dentro do cofre foram encontrados, ouro, jóias, pedras preciosas, obras de arte, pinturas valiosíssimas, papel moeda em profusão. Mas não havia nenhuma listagem a quem possuia os bens.
     
    Em 1943 o prédio foi vendido à PDF para sede da Secretaria de Finanças, passando depois a Secretaria de Fazenda da Guanabara e após a fusão a mesma secretaria do ERJ, e hoje pertence ao governo do estado sendo tombado pelo Patrimônio Histórico.
     
    O prédio estava sendo preparado para virar palácio – o Palácio da Ciência, futura sede da Academia Brasileira de Ciências e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio (Faperj).
     
    O restauro revelou o teto do segundo andar decorado, que estava escondido pelo gesso do rebaixamento. Sob o piso central do salão nobre, os restauradores encontraram um mosaico da fábrica de cerâmica Villeroy e Bosch, de Berlim.
     
    Por mistério, a obra não foi concluída e essa joia da arquitetura carioca padece de cuidados e manutenção. Coisas do Rio, coisas do Brasil.


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