Sob o título "Rio Admirável Mundo Novo", em número especial da Revista Manchete, publicado em 1965, trazia propostas ousadas do arquiteto Sergio Bernardes para o planejamento urbano do Rio de Janeiro.
Intitulado, "Rio do Futuro", previa 176 bairros verticais em formato helicoidal (hélice), divididos em torres servidas por enormes elevadores.
Cada célula teria 21 centros culturais , 36 cinemas, galerias de arte e estacionamento. além de modernos centros comerciais em formato de pirâmide com lojas, escritórios, consultórios, restaurantes, bares e agências bancárias.
O projeto incluía ainda centros esportivos, estádios, tudo interconectado com monotrilhos suspensos e deslizando em colchões de ar. Curiosamente, assim como no sambódromo de Oscar Niemeyer, haveria escolas sob as arquibancadas dos campos de futebol.
Em Sepetiba haveria ainda um grande porto com sete ilhas hexagonais capazes de atracar 42 navios, além de um aeroporto "intercontinental" interligado por jardim botânico, jardim zoológico e pomares. Um túnel ligaria ainda a Av. Presidente Vargas a Niterói.
Sergio Bernardes dizia que a prospectiva visava reduzir ao mínimo os erros do futuro, estabelecendo ao máximo a consciência da margem do imprevisível e completava: “Utopia seria pensar que tal plano será realizado amanhã ou daqui a um século. Realismo é saber que pode ser feito”.