Distrito de Valença, no Sul Fluminense, Conservatória fica a 142 km do Rio e é conhecida nacionalmente como a cidade das serenatas. A tradição começou por volta de 1880 quando os irmãos Joubert Cortines de Freitas e José Borges de Freitas Neto reuniam os seresteiros às sextas-feiras e sábados à noite e saiam cantando pelas ruas da cidade.
A tradição existe até hoje e virou marca, além de importante fonte de renda. Não é a toa que Conservatória conta atualmente com mais de dois mil leitos para atender os turistas, além de dezenas de bares e restaurantes.
Destaque ainda para as Solaratas nas manhãs de domingo com muitos artistas se apresentando ao ar livre.
Em tempos normais, sem pandemia, os hotéis e restaurantes ficam lotados. Com a crise sanitária, eventos e apresentações em praças públicas e ruas estão suspensos e a recomendação é agendar a visita quando a situação melhorar. Se ainda assim comparecer, o uso de máscara é obrigatório.
Entre as atrações turísticas, vale conferir o Túnel que Chora, a Maria Fumaça na antiga estação de trem (hoje rodoviária), a Ponte dos Arcos, a Cachoeira da Índia, cachaçarias e cachoeiras. E também a Casa de Cultura, o Museu da Seresta, a Igreja Matriz de Santo Antônio e o Cine Centímetro, réplica do extinto Cine Metro Tijuca que funcionava no Rio de Janeiro e demolido em 1977.
A cidade tem intensa programação o ano inteiro, um carnaval animadíssimo, além de festas folclóricas e juninas. Mas, o forte mesmo, são as serenatas.
Até o final do século XVIII Conservatória era reserva dos índios Araris, "elegantes e desembaraçados", segundo o naturista Milliet de Saint-Adolphe, um dos primeiros historiadores a registrar o fato. O nome da cidade seria derivado do fato do lugar ser conhecido como "Conservatório dos índios", com excelente clima e protegido por montanhas e onde se recolhiam para se recuperar de doenças que dizimavam as tribos.
A partir do século XIX, a região ganhou grande prosperidade com o ciclo do café e chegou a ter mais de 100 fazendas de cultivo. E como não podia ser diferente os índios pouco a pouco foram extintos.
As centenárias construções da vila, em estilo colonial, algumas do século XVIII, até hoje preservadas, evidenciam sua origem e algumas, inclusive, ainda ostentam telhas de época, feitas na coxa dos escravos. As ruas principais mantêm as pedras de pé-de-moleque originais da construção.
A temperatura média anual é de 24º.
Como chegar:
Quem sai de São Paulo e do Rio de Janeiro deve seguir pela Via Dutra em direção a Barra do Piraí. Já quem começa a viagem em Juiz de Fora ou Belo Horizonte pode escolher seguir pela BR-040 ou pela MG-353.
Foto capa: Blog Novidades Online
Fonte: Wikipédia