Entre 30 de setembro e 3 de dezembro, o Rio de Janeiro recebe a exposição Pasteur, o Cientista. A mostra apresenta ao público de forma divertida e interativa, com projeções, experiências e videomapping, as descobertas e a vida do cientista francês Louis Pasteur.
Gratuita e para toda a família, a mostra Pasteur, o Cientista ficará em cartaz de terça a domingo, na Fábrica de Espetáculos, no Santo Cristo (Gamboa) – ao lado do AquaRio.
Com parceria da Secretaria Municipal de Saúde, será montado um posto de vacinação na mostra, atendendo à população adulta e infantil com todas as vacinas necessárias. As crianças precisam apresentar carteira de vacinação para controle. O posto vai funcionar nos dias e horários da exposição, a partir da abertura
Entre 2020 e 2022, a exposição passou por três cidades de São Paulo e reuniu mais de 45 mil visitantes. Concebida e realizada originalmente pela Universcience (órgão ligado ao Ministério da Cultura da França), a mostra é uma celebração à vida e à obra de Louis Pasteur, cientista revolucionário em muitos campos e símbolo da vacinação, por ter descoberto a vacina antirrábica. E, principalmente, um defensor da ciência.
Indiscutível gênio da ciência, pesquisador obstinado e mestre na difusão de informações: Louis Pasteur, nascido no interior da França em 1822, de uma família de curtidores de couro, fez avançar a química e a medicina no século XIX.
É um dos criadores da microbiologia e redefiniu horizontes ao provar que existem micro-organismos e ao definir como se reproduzem, proliferam e colonizam outros organismos, sendo em muitos casos responsáveis pelas doenças infecciosas.
Estudou germes, vírus, fungos e demais “seres infinitamente pequenos”. Lidou com vinho, leite, animais de pasto e seda. Estabeleceu novos paradigmas para as ciências e novos procedimentos, inclusive para a Medicina – foi a partir dessas descobertas, por exemplo, que médicos passaram a valorizar a assepsia nos cuidados com doentes. Antes disso, era comum que os profissionais de saúde sequer lavassem as mãos nos atendimentos.
Pesquisador tremendamente respeitado entre seus pares – era de um extremo rigor nos métodos – ganhou fama mundial também junto ao grande público na difusão dos resultados da antirrábica, em 1885. No Brasil, tinha muitos seguidores e admiradores, entre os quais o imperador Pedro II. Oswaldo Cruz foi um dos cientistas que trabalharam na esteira de suas realizações.
Na exposição, vídeos, grafismos, animações, projeções, textos e desenhos apresentam toda a sua trajetória – e não apenas a dele. Pasteur, o Cientista faz uma permanente contextualização do tempo de Louis Pasteur, principalmente em relação aos acontecimentos da Europa e às descobertas do chamado século das invenções – em que surgiram o trem, a fotografia e o cinema, os motores a explosão, dirigíveis, telégrafo, telefone, iluminação pública e tantos outros símbolos da modernidade.
Mais que tudo, Pasteur, o Cientista traz à discussão a valorização da ciência e do ato histórico como elemento constituinte não somente da memória e da identidade, mas como a mais sólida base para o crescimento e o desenvolvimento da humanidade.