De 10 de julho a 1º de setembro de 2024, o Futuros - Arte e Tecnologia será ocupado pelas 11 video-instalações inéditas da exposição Lab Cinema Expandido - Rio de Janeiro: Fantasmas, Máscaras e Territórios.
Os vídeos serão exibidos em diversos suportes (monitores de TV, projeções em telas, paredes e objetos) e ambientes, contando, alguns deles, com objetos de cena.
O Rio de Janeiro é o personagem comum de todas as obras, retratado em diversas regiões como a Vila Vintém, Floresta da Tijuca, Ilha do Sol (Baía de Guanabara), Maracanã, Baixada Fluminense, Central do Brasil, Paquetá, Copacaban ou em detalhes sutis como o vento que corta a cidade. Ficções e documentários exploram personagens, locais e histórias do imaginário carioca.
A exposição é derivada da residência artística de mesmo nome, realizada em 2023, que teve a participação de nove duplas de artistas (uma pessoa ligada diretamente ao cinema mais uma pessoa de outra área artística, nascidas ou moradoras do estado do Rio de Janeiro, selecionadas através de uma convocatória aberta) e dos cineastas convidados Cao Guimarães e Paz Encina.
A exposição começa, no videowall do térreo, com Tokkotai Paquetá, de Cao Guimarães, que assina a direção, roteiro, fotografia e montagem. A obra foi filmada na ilha de Paquetá e faz um paralelo com guerras internacionais. No último andar está instalada a obra Carta a un viejo Master, da cineasta paraguaia Paz Encina, uma homenagem a Eduardo Coutinho, filmada no icônico Edifício Master, em Copacabana.
Nos outros andares, serão apresentadas as obras A Primeira Última Estação, de Marcos Vinicios de Souza e Jay Preto; Animais Noturnos, de Indigo Braga e Paulo Abrão; Bacia dos Sonhos, de Anne Santos e João L. Lourenço; FUGA, de viniciux da silva e Raphael Medeiros; Ilha do Sol, de Dani Moreira e Carolina Medeiros; Mandinga de Gorila, de Luzé e Juliana Gonçalves; N.V.L.H, de Felipe Dutra e Thaís Iroko; TERRAL, de Ana Costa Ribeiro e Tatiana Devos Gentile; e Uma Floresta, de Renata Catharino e Rafael Zacca.
No hall de entrada, serão exibidas, em três monitores de TV, entrevistas com os artistas sobre o processo de realização das obras.
“O tema Fantasmas, Máscaras e Territórios foi proposto para se pensar nas transformações aceleradas dos espaços urbanos brasileiros, em especial a cidade do Rio de Janeiro. Na forma como a cidade, como um corpo vivo, vai reconfigurando seus territórios, assumindo novas identidades, máscaras, que se expressam como novos corpos, novas latitudes, novas representações, e deixam para trás os fantasmas de suas memórias. Falar em fantasmas, máscaras e territórios no Rio de janeiro de hoje é falar daquilo que a cidade tenta esquecer, daquilo que ela é, e daquilo que ela deseja ser”, resume a cineasta, produtora e artista visual Mariana Meliande, idealizadora do Lab Cinema Expandido.