ARTE E CULTURA >> Exposição
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Territórios Afetivos, exposição que do artista visual e estilista Cocco Barçante
Da Redação em 15 de Julho de 2021 Informar erroLocal: Centro Cultural Correios ENDEREÇO: R. Visconde de Itaboraí, 20, Centro CONTATO: 21 2253-1580 DETALHES: De 16/07 a 28/08/21| de terça a sábado, do meio-dia às 19h |Entrada franca O artista visual e estilista Cocco Barçante consolidou, em mais de 40 anos de carreira, fortes laços com o território ocupado por ele – seja o espaço geográfico ou mesmo o afetivo. Dessa relação saíram criações que ganharam vulto em eventos de moda ou em mostras de arte.Recentemente, inquieto-se com a situação dos expatriados, que deixam para trás sua terra (e referências) e, enfrentado condições precárias, chegam a países desconhecidos. Irrequieto, viu ali a mola propulsora para novas criações – ou “coleções”, como prefere chamá-las.A ideia era mostrar o novo trabalho em 2020, mas o novo coronavírus ganhou o mundo, ceifou vidas e adiou todos os planos. Os novos paradigmas trazidos pelos protocolos sanitários levaram o artista a ampliar a proposta inicialmente pensada. E, fechado (literalmente) na casa de Cultura que leva seu nome, em Petrópolis, deu tratos a “Territórios afetivos”, sua 31ª mostra, que ocupa o Centro Cultural Correios, onde ele volta pela segunda vez a expor no dia 15 de julho.A exposição tem curadoria da professora Lucimar Cunha, coordenação pedagógica do professor Paulo Antônio Igreja e pode ser visitada até 28 de agosto.Muitas das idéias que povoam o imaginário do artista surgem de conversas com amigos. Da ativista cultural Marilena Garcia veio a sugestão de uma obra que refletisse a falta que fazem os abraços – bens que nos foram confiscados nesses tempos.E ali pelo início da pandemia, começou a ganhar forma um painel no qual a palavra abraço está escrita com letras de pano de diferentes tamanhos e fontes, suscitando também a leitura de suas corruptelas como “ar” e “abra”, numa alusão ao verbo abrir.No centro da obra, um texto da poeta Maria Vasco. O Painel Abraço ocupa a primeira das três salas da mostra, intitulada Mosaico Afetivo. Nela, o público encontra também 300 fotos em preto e branco, estampadas em tecido, de pessoas em posição de dar ou receber um abraço.Às fotos foram acrescidos detalhes bordados por algumas das 36 artesãs de cidades como Nova Iguaçu, Macaé e Itaperuna que colaboram com o artista desde o ano 2000. Os retratados são parentes, colaboradores e amigos (alguns famosos como Isabelita dos Patins e a atriz Mônica Martelli), todos ligados a Cocco.No espaço que criou em Petrópolis, o Museu do Artesanato do Estado do Rio de Janeiro – o primeiro do estado voltado ao tema, aliás --, Cocco mantém o hábito de plantar mudas em sapatos velhos. A ideia não só cresceu (a ponto de espalhar-se pelo terreno) como inspirou a instalação que ocupa Meu Brasil, nosso Brasil, a segunda sala da mostra.Ali, um imenso mapa do Brasil de 3m de altura é preenchido por mais de 50 pés de sapatos. Com essa obra o artista questiona nossa trajetória enquanto cidadãos da pátria onde nos inserimos da mesma forma que no planeta que ocupamos. E, com isso, joga luz também sobre os refugiados e as relações com as fronteiras que delimitam os territórios mundo afora.
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