O Centro de Pesquisa e Inovação da L'Oréal, no Centro Tecnológico do campus da UFRJ, na Ilha do Fundão, é uma instituição de pesquisa da multinacional francesa voltada para desenvolver fórmulas adequadas para as características das consumidoras brasileiras. Utilizando alunos de vários cursos da UFRJ, o local é referência e possui instalações de primeiro mundo.
Inaugurado em 2017, o espaço é um laboratório humanizado com paredes de vidro, cercado por um grande escritório sem divisões entre os pesquisadores. O ambiente compartilhado e laboratórios flexíveis permitem maior interação entre as equipes.
Entre os projetos, estão o primeiro laboratório brasileiro que reproduz pele humana reconstruída para testes. Para reconstruir a epiderme, o laboratório utiliza fragmentos de pele doados em cirurgias plásticas. Destes fragmentos, são extraídos queratinócitos (principal célula da epiderme), que serão multiplicados no laboratório após testes de segurança.
Essas células crescem sobre uma membrana plástica e formam todas as camadas da epiderme. A partir da pele reconstruída, podem ser feitos testes para avaliar irritação, proteção solar, potencial alergênico e permeabilidade.
Entre os estudos estão ainda novos protetores solares completamente adaptados ao clima tropical, controlando a oleosidade com textura seca e proporcionando a sensação de pele limpa.
O Centro de Pesquisa e Inovação da L’Oréal, tem a 2ª maior usina de painéis solares em geração de energia do estado, com 390 kWp, atrás apenas do sistema do AquaRio.
Esse é o primeiro espaço da L’Oréal no país a usar o sistema solar como fonte de energia. Além do novo sistema de painéis solares, o Centro de Pesquisa & Inovação da L’Oréal se destaca por iniciativas sustentáveis.
Em 2017, a unidade recebeu o prêmio internacional Green Solution Awards, durante a Conferência Mundial do Clima (COP 23), pelo projeto Jardim Filtrante - um sistema que trata águas pluviais e os efluentes industriais e sanitários de forma natural e reutiliza os líquidos para irrigação e reuso nos banheiros.
O prédio também foi projetado de acordo com os requisitos da certificação internacional LEED Gold, tem iluminação majoritariamente LED e a fachada de vidro permite maior utilização de luz natural. Por último, toda a produção nos laboratórios tem zero envio de resíduos para Aterro Sanitário.
Recentemente, a instituição ganhou o certificado LEED Platinum. Trata-se de um reconhecimento internacional pela forma de trabalhar e operar da empresa, que leva em conta a sustentabilidade da edificação e a experiência humana no local de trabalho. O laboratório da companhia foi considerado o mais sustentável do Brasil.