Um grupo formado por artistas, críticos de arte, colecionadores, urbanistas e cidadãos cariocas lançou um abaixo-assinado pedindo a preservação e o restauro do painel Pássaros, de Roberto Magalhães, localizado na empena de um prédio tombado na esquina das ruas da Quitanda e São José, no Centro do Rio de Janeiro.
A obra, criada na década de 80 por um dos nomes mais importantes da arte brasileira contemporânea, é considerada um marco simbólico e identitário da cidade. Segundo o documento, o painel “inscreve na paisagem urbana uma presença indelével, capaz de transformar a percepção do espaço e qualificar a vida comunitária”, ocupando papel semelhante ao de monumentos naturais e arquitetônicos na construção da memória coletiva.
Os signatários destacam que a restauração da obra vai além da manutenção de um importante trabalho artístico — representa o respeito à memória da cidade, que encontra na arte um caminho de revitalização do centro histórico. Este ano, o artista Roberto Magalhães completa 80 anos de vida e criação, o que torna o pedido ainda mais simbólico.
“O fundamental é que a cidade não apague o que já lhe pertence por direito: sua arte, seu patrimônio, sua história, sua beleza e poesia”, afirma o texto.
O abaixo-assinado solicita às autoridades competentes que o painel Pássaros seja restaurado, garantindo a conservação de um patrimônio artístico e reafirmando a arte como parte da alma e da identidade do Rio de Janeiro.
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