APA de Guapi-Mirim foi criada em 1984 para preservar o ecossistema da Baía da Guanabara que abrange os municípios de Magé, Itaboraí, São Gonçalo e Guapimirim. Responsável por resguardar os manguezais ainda preservados, a APA acaba de ser anexada a outras três unidades de conservação da região serrana fluminense – Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis e Reserva Biológica de Tinguá. No entanto, os recursos distribuídos para tais instituições já são escassas e insuficientes para o trabalho de conservação e fiscalização que precisa ser feito.
O ICMBio diz que os servidores serão deslocados para o município de Teresópolis. A sede administrativa da APA de Guapi-Mirim e da ESEC da Guanabara conta com localização estratégica para a proteção dos manguezais do fundo da Baía de Guanabara. Desde 1984, recebeu importantes investimentos materiais, advindos de compensações por acidentes ambientais. Essa sede corre o risco de ser desativada! O patrimônio público, construções, embarcações, viaturas, cais e garagem de embarcação podem virar sucata!
A área que é hoje um exemplo de reflorestamento e recuperação ambiental na Baía de Guanabara, no futuro próximo pode deixar de existir, uma vez que o desmatamento, a poluição e o avanço de construções irregulares são riscos constantes que só não se concretizam devido à existência de uma sede física na região, com um efetivo de profissionais e especialistas das mais diversas áreas.
O abaixo- assinado pede a revisão da Portaria 426, de 11 de maio de 2020, retirando do Núcleo de Gestão Integrada Teresópolis as unidades de conservação Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim e Estação Ecológica da Guanabara e constituído um núcleo de gestão integrado específico, com a manutenção de sua atual infraestrutura, visto as diferenças e especificidades dessas unidades em relação às demais.