O tradicional Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, mais que dobrou o preço do ingresso para brasileiros: a entrada passou de R$ 18 para R$ 40, com meia-entrada fixada em R$ 20 para estudantes, idosos, pessoas com deficiência e menores de idade.
Para estrangeiros, o valor foi estabelecido em R$ 80. O aumento entrou em vigor na segunda-feira (14) e gerou forte reação negativa entre frequentadores, especialmente os cariocas, que consideraram o reajuste desproporcional e excludente.
A administração do parque justificou a mudança com dois argumentos: o primeiro, de que os valores estavam congelados desde maio de 2023 e se tornaram “defasados” em relação a outras atrações culturais; o segundo, que o reajuste se deve à “situação orçamentária atual” do Jardim Botânico.
Segundo a nota oficial, mesmo com os novos preços, o parque ainda manteria “valores entre os mais baixos da cidade” — o que não convenceu parte do público.
Antes da mudança, moradores da Região Metropolitana do Rio pagavam R$ 18, enquanto visitantes brasileiros de fora da capital desembolsavam R$ 29. A partir de agora, todos os brasileiros pagarão R$ 40, independentemente da origem, o que unifica o valor, mas pesa especialmente para os frequentadores assíduos. A gratuidade permanece apenas para crianças de até 5 anos.
O parque argumenta que a simplificação das faixas de preço ajudará a agilizar o atendimento nas bilheterias. No entanto, para muitos visitantes, o novo valor compromete o caráter democrático e acessível do espaço público, especialmente em uma cidade onde opções de lazer gratuito ou de baixo custo vêm se tornando cada vez mais escassas.
Além do ingresso principal, também subiram os preços das visitas guiadas e dos passeios em carros elétricos:
Visita guiada a pé (diurna): R$ 26
Visita guiada a pé (noturna): R$ 66
Transporte circular (carro elétrico): R$ 39
Visita guiada premium diurna (carro elétrico): R$ 39
Visita guiada premium express diurna (carro elétrico): R$ 261
Visita guiada premium noturna (carro elétrico): R$ 656
Já a entrada no Museu do Jardim Botânico e na Casa Pacheco Leão segue gratuita.
Para muitos, o novo modelo de cobrança contraria o espírito do Jardim Botânico enquanto espaço de educação ambiental e lazer acessível — especialmente em tempos de crise econômica e aumento no custo de vida.