A Cúpula do G20 Social, realizada no Rio de Janeiro, chegou ao fim neste sábado (16.11) após reunir mais de 47 mil participantes e culminar na entrega da declaração final ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O documento, elaborado com a contribuição de diversos setores da sociedade, aborda temas cruciais como o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, além da necessidade de uma transição energética justa e da reforma da governança global.
A declaração final do G20 Social destaca a necessidade de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com a criação de um fundo específico para financiar políticas públicas e programas de combate à fome. O documento defende a soberania alimentar, o acesso democratizado à terra e à água, e a promoção de uma alimentação saudável para todos.
“Este é o momento histórico para mim e para o G20. Ao longo deste ano, o grupo ganhou um terceiro pilar, que se soma ao político e ao financeiro: o pilar social, construído por vocês. Aqui tomou forma a vontade coletiva, motivada pela busca de um mundo mais democratico, mais justo e mais diverso”, afirmou o presidente Lula, ao lembrar que o documento entregue é o começo de um processo, e não o fim. “A presidência brasileira não teria avançado nas três prioridades se não fosse a participação das organizações que integram o G20, a mobilização de vocês será fundamental para avançar em temas como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, completou.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, que participou ativamente da construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, celebrou a aprovação do documento.“A declaração final aprovada na plenária do G20 Social trata sobre o combate à fome, à pobreza e à desigualdade. A Aliança Global contra a fome, a pobreza, a sustentabilidade, as mudanças do clima e a transição energética justa, e a reforma da governança são alguns temas que entraram neste documento”, lembrou.
A declaração também aborda a importância da soberania alimentar e produção de alimentos saudáveis, trabalho decente, o combate ao trabalho escravo e infantil, e a defesa da formalização do mercado de trabalho. Outro ponto é o enfrentamento das mudanças climáticas, com a redução de emissões de gases de efeito estufa e o compromisso com o Acordo de Paris.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência e coordenador do G20 Social, Márcio Macedo, encerrou a cerimônia, que também contou com a presença das ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco; das Mulheres, Cida Gonçalves; dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; e do ministro em exercício do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco.
Márcio Macedo agradeceu a participação do povo brasileiro e celebrou o resultado final do documento que será entregue aos líderes da cúpula. “O que estamos fazendo aqui é muito importante. 47 mil pessoas participaram do G20 Social. Este foi um momento muito significativo, possível graças à sensibilidade e à determinação política do Presidente Lula. Só um presidente com essa característica é capaz de colocar na agenda da discussão mundial o protagonismo dos movimentos sociais”.
Fonte: G-20 Social