MAIS COISAS >> Jornal Bafafá
-
Projeto Replantando Vida atende 600 presos do sistema penal
Da Redação em 17 de Janeiro de 2022 Informar erro
O projeto Replantando Vida, desenvolvido pela Cedae em parceria com a Fundação Santa Cabrini, atende cerca de 600 apenados – em regimes semiaberto, aberto e liberdade condicional – atuando em 42 municípios e em 140 setores da Cedae.Agora, mais 200 vagas estão sendo abertas para este público, desta vez pela Águas do Rio, que acaba de firmar parceria com a Santa Cabrini.O projeto oferece emprego para egressos do sistema prisional fluminense sendo o maior e mais antigo projeto de ressocialização de apenados do país.- Aqui mudei meu modo de pensar, de agir, de tudo. Vivo o meio ambiente. Já voltei em lugares onde fiz reflorestamento há nove anos e, quando cheguei, chorei de emoção. É muito gratificante esse trabalho – contou José Batista, que trabalha em um viveiro de plantas na Estação de Tratamento de Água do Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.O programa já atendeu em 20 anos mais de seis mil pessoas, que recebem salário mínimo, auxílio-transporte e alimentação. Hoje, a Santa Cabrini tem 22 contratos com órgãos e entidades do setor público e quatro privados. Recentemente, a Fundação renovou contrato com a Cedae por mais cinco anos.No fim do ano passado, uma nova empresa entrou para esse time, a Águas do Rio, do grupo Aegeas, que adquiriu dois blocos no processo de concessão do saneamento público. Serão preenchidas 200 vagas para alocar mão de obra apenada na empresa.O projeto Replantando Vida conta com sete viveiros e outros dois estão em construção. A capacidade de plantio chega a 1,8 milhão de árvores por ano. De forma direta já foram plantadas em torno de 4 milhões de árvores. Muitas delas por José, que ainda precisa cumprir sete anos de pena. O tempo, apesar de longo, não é motivo para desistir.- Durante esse período, vou continuar no programa porque é daqui que eu levo o pão para sustentar minha família, além de ter cada vez mais dicas de profissionalização. É importante continuar porque a cada três dias que trabalho reduzo um dia da minha pena. Se não fosse o programa, eu não sei o que seria de mim. De mim, não; de todos nós! Quando eu chegar lá fora, quero usar a mesma mão que estou usando aqui nessas plantas para ter um pequeno viveiro e seguir a minha vida - relatou José.Assim como ele, Alessandra Ventura, de 23 anos, também trabalha no projeto. A jovem foi presa aos 18 anos e, após um ano e meio cumprindo pena atrás das grades, ganhou a oportunidade do primeiro emprego na Cedae. Foi na função de serviços gerais do Laboratório de Controle de Qualidade do Guandu, onde encontrou estímulo para terminar os estudos e sonhar com o ingresso no Ensino Superior.- Eu achei que tinha acabado minha vida, que não tinha mais o que fazer. Mas aí eu vi que ainda é cedo, que ainda estou nova. Retomei meus estudos e estou terminando o 3º ano do Ensino Médio. Quero fazer faculdade de biologia, ser alguém na vida e alcançar meus objetivos: terminar uma faculdade e ter minha casa.Parceria de sucessoO coordenador e percursor do projeto, Alcione Duarte, contou sobre essa parceria de sucesso entre a Cedae e a Santa Cabrini, que já dura 20 anos.- O casamento com a Santa Cabrini vai chegar às bodas de prata. Essa relação com a Fundação nos permitiu conhecer de uma forma mais profunda o universo carcerário, entender as pessoas, de onde elas vêm, o que tem capacidade de produzir. Existe um preconceito. Porém, é preciso haver também por parte da sociedade e dos empresários o entendimento do que essa iniciativa é capaz de promover para a própria sociedade. É um sentimento de fraternidade – disse Alcione.O presidente da Santa Cabrini, Helton Yomura, revela que a Fundação tem trabalhado para mudar o paradigma de que os egressos do sistema prisional só servem para funções mais braçais.- Nós estamos tentando mudar esse estigma, oferecendo qualificação profissional, de modo que essas pessoas melhorem o nível de conhecimento, o nível educacional, para que ao final da pena consigam uma ressocialização plena disputando vaga no mercado de trabalho como qualquer pessoa. Temos a qualificação dentro e fora do presídio. Essa iniciativa é executada com a Uerj, então todos aqueles que se profissionalizam com a Santa Cabrini recebem um diploma chancelado pela universidade – completou Helton.Fonte: Governo do Estado RJ
-
MAIS COISAS QUE PODEM TE INTERESSAR
Obras do novo museu Casa Geyer estão em ritmo acelerado
Saiba Mais Contra "fuga de cérebros, Governo Federal vai investir R$ 1 bilhão para repatriar cientistas do exterior
Saiba Mais Show de Madonna terá metrô até 04 da manhã e embarcações devem ser vistoriadas para ancorar em Copacabana
Saiba Mais
-
COMENTE AQUI
O QUE ANDAM FALANDO DISSO:
- Seja o primeiro a comentar este post
-