Que Niemeyer foi um gênio da arquitetura ninguém nega. Mas alguns projetos dele ficaram na gaveta sem que ninguém lamentasse por isso. Um deles, é o "Edifício Mauá", ao lado do Quitandinha, em Petrópolis, um espigão de 33 andares, com 400m de frente, 155m de altura e 5700 apartamentos.
O Condomínio Hoteleiro Quitandinha seria um anexo moderno e mais sofisticado que o prédio principal, com apartamentos semi-duplex e de três tipos (A, B e C), todos mobiliados. Somente os do tipo A, maiores, voltam-se simultaneamente, para as duas fachadas.
O complexo tinha 28 elevadores em quatro torres. No térreo, na sobreloja e sob a marquise do Edifício Mauá, estavam previstas diversas lojas e serviços, num total de 200 unidades.
No terraço do último pavimento se localizariam: restaurante, solario e escola maternal, abrigados dos ventos por paredes de vidro.
Sob a marquise também se instalaria um teatro subterrâneo, com lugar para 200 espectadores. O mural de Cândido Portinari ficaria localizado no hall do edifício. *1
O projeto, de 1950, nunca saiu do papel apesar de Niemeyer ter sido pago. Arquitetos e urbanistas comemoram o complexo não ter sido construído por ser totalmente incoerente com a região e fechando até corredores de ar do bairro.