Após o bem sucedido ataque do corsário francês René Duguay-Trouin à cidade do Rio de Janeiro em 1711, D. João V de Portugal designou o Tenente-Coronel de Infantaria francês João Massé para construir e reparar as fortificações da cidade que servia de entreposto das atividades de extração de ouro e pedras preciosas oriundas de Minas Gerais.
Chegando ao Rio, João Massé e Francisco Xavier de Távora, governador da Capitania do Rio de Janeiro, projetaram várias fortificações, entre elas um muro que cercaria a cidade pelo lado de terra e a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, que ficou conhecido como a Muralha de João Massé ou ainda Muralha da Rua da Vala.
A principal crítica ao projeto de Massé era a de que a muralha não era suficiente para defender a cidade, devido à sua pouca altura e ao seu traçado. O morro de Santo Antônio ficava fora da área defendida e, caso fosse conquistado por um invasor, do seu alto se poderia vigiar e bombardear a cidade, além de privar a cidade do abastecimento de água.
Em 1718, sua estrutura tinha a espessura de 3,0 metros e altura entre 1,70 e 2,00 metros e já tinha utilizado mais de nove mil toneladas de rochas. Por fim, sua construção foi interrompida na década de 1720 e acabou gerando a primeira planta da cidade do Rio de Janeiro datada de 1713.
Posteriormente, suas pedras foram sendo subtraídas por moradores para a construção de casas e não ficou vestigio da edificação, apesar de pesquisadores acharem que na antiga Rua da Vala, atual Uruguaiana, ainda existem restos arqueológicos da muralha.
Fonte: Wikipedia/Biblioteca Nacional
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