O origem do nome do bairro Leblon tem origem no sobrenome do empresário francês Charles Leblon que comprou as terras em 1845 e montou na região uma empresa de pesca de baleias. Até então, as baleias, em especial as cachalotes, eram muito importantes na economia pois forneciam óleo usado na construção civil e na iluminação pública.
Antes disso, no século XVI, a região era habitada pelos índios Tamoios que acabaram expulsos do local depois que adoeceram contaminados por roupas infectadas pelo vírus da varíola, no então mandato do governador português Antônio Salema. Com o extermínio dos índios, foram estabelecidos engenhos de cana-de-açúcar.
Depois de sucessivos donos, a região foi adquirida por Leblon que a revendeu em 1854 quando o negócio de pesca de baleias entrou em decadência.
No início do século XX, a Companhia Construtora Ipanema adquiriu os terrenos, dividiu-os em pequenos lotes com ruas já com o nome de "Leblon". Em 1920, o prefeito Carlos Sampaio construiu os canais do Jardim de Alá e da Avenida Visconde de Albuquerque.
Em 1935, foi construído o "Estádio da Gávea", sede do Flamengo. Embora não se situe no bairro da Gávea, mas no bairro do Leblon, a alcunha de Gávea ficou pois o terreno doado para a construção do estádio ficava na Freguesia da Gávea, conforme antiga divisão administrativa da cidade do Rio de Janeiro.
Nos anos 40, o bairro era palco de corridas de automóveis que levavam milhares de cariocas às ruas.
Naquela época, o bairro era quase um subúrbio do Rio tamanha a distância do Centro. O progresso só chegou com as linhas de bondes que encurtaram distâncias. Até os anos 70, o perfil de bairro de classe média foi mudando para um perfil de classe média alta. Nos dias atuais, é considerado um bairro de elite com imóveis na casa de milhões de reais e tendo o metro quadrado mais caro do país.
A região teve ainda uma grande favela, a Praia do Pinto, junto a Lagoa, que foi extinta após um incêndio considerado criminoso. Seus 15 mil moradores foram transferidos para conjuntos habitacionais em Cordovil, Cidade de Deus e Cruzada São Sebastião e para abrigos.
A Praia do Leblon, com 1,3 km de comprimento, é continuação da Praia de Ipanema, começando no Jardim de Alá e indo até os penhascos da Av. Niemeyer. Ali existe o Mirante do Leblon (oficialmente rebatizado de Mirante Hans Stern pelo prefeito Cesar Maia), de onde se pode apreciar toda a avenida costeira (av. Delfim Moreira), as praias do Leblon e de Ipanema e a Pedra do Arpoador.
Um dos lugares mais conhecidos do bairro é o Baixo Leblon localizado entre a Avenida Ataulfo de Paiva, a Rua Dias Ferreira e a Rua Aristides Espínola. A partir dos anos 1970, se firmou como ponto de intelectuais, artistas como Cazuza, Miguel Falabella, Elba Ramalho e Alceu Valença, entre outros.
O Leblon é conhecido por ser cosmopolita e, ao mesmo tempo, extremamente bairrista, com sua vida noturna agitada com muitos bares, restaurantes, boates e livrarias 24 horas.
Na música, ganhou fama por ter inspirado vários músicos em canções de Caetano Veloso (Falso Leblon, Fora de ordem, Haiti, O namorado e O quereres), Paralamas do Sucesso (Óculos), Adriana Calcanhoto (Inverno), Luciana Mello (Sexo, amor, traição), Alceu Valença (Andar, andar e Tesoura do desejo), Elba Ramalho (Aquilo Bom (Garotas do Leblon)), Ed Motta (Daqui pro Meier), entre outras.
Fonte: Wikipédia
Fotos: Wikipédia e Google