Encomendado por D. João VI à Grandjean de Montigny, membro da missão artística francesa chegada ao Brasil no início do século XIX, o edifício hoje denominado Casa França-Brasil têm grande valor histórico e arquitetônico por ser um dos únicos exemplares ainda existentes projetado pelo arquiteto francês e o primeiro registro do estilo neoclássico no Rio de Janeiro.
A relativa simplicidade das fachadas do edifício, parcialmente descaracterizadas ao longo do tempo, também é notada na organização do seu espaço interno. Inspirado nas basílicas cívicas romanas, este interior é composto por um espaço central abobadado e sustentado por colunas jônicas, e quatro galerias auxiliares nos vértices da sua planta baixa retangular.
A versatilidade desse espaço interior pode ser comprovada pela grande variedade de funções desempenhadas dentro do edifício ao longo de sua existência. Planejado a princípio para abrigar a primeira Praça do Comércio/Bolsa de Valores da cidade (e do país), o edifício foi usado posteriormente como Alfândega, Tribunal do Júri dentre outras funções.
Após restauro executado durante a década de 80, o edifício resgata suas principais linhas arquitetônicas originais e é convertido em centro cultural destinado ao intercâmbio cultural entre Brasil e França.
Fonte: Arq Guia Rio
Fotos: Pedro Adilson/Oca Lage