Quem circula pelo Parque Guinle, em Laranjeiras, se depara com o belíssimo conjunto residencial construído para a elite carioca composto por edifícios assinados pelo arquiteto Lúcio Costa, um dos idealizadores de Brasília. O projeto original incluía seis prédios dispostos de forma radial ao redor do parque, dos quais somente três foram construídos. O conjunto foi completado posteriormente pelo escritório MMM Roberto.
Numa primeira fase, apenas três edifícios foram construídos: o Nova Cintra (1948), o Bristol (1950) e o Caledônia (1954). O primeiro diferencia-se dos outros dois pela sua implantação -norte-sul-, paralela a uma das vias laterais ao parque, o que permitiu ao arquiteto implantar uma série de galerias comerciais com contato direto com a rua. Além disso, o Nova Cintra apresenta sete pavimentos de apartamentos, enquanto o Bristol e o Caledônia contam com seis.
O edifício Nova Cintra, com entrada pela Rua Gago Coutinho tem à sua esquerda o antigo portão nobre da residência dos Guinle. O edifício possui lojas no térreo e oito pisos. Já os edifícios Bristol e Caledônia possuem pavimentos sobre pilotis.
Já os Roberto têm elementos de proteção solar ou fechamentos permeáveis ao olhar que tem a função de sombrear e resguardar o ambiente. Eles estão presentes desde suas obras inaugurais, como a Associação Brasileira de Imprensa, ABI, (1935), o Aeroporto Santos Dumont (1937), a Sede do Instituto de Resseguros do Brasil, IRB, (1941).
Os edifícios de alto padrão possuem apartamentos médios e grandes, sendo que todos possuem pisos com unidades duplex. Todo o conjunto foi concebido em ótica e técnica avançadas para a época de sua construção, a qual utiliza elementos como combogós cerâmicos, conjunto de placas verticais, “brise-soleils” e elementos reinterpretativos da arquitetura antiga brasileira.
O preço das unidades começa por R$ 2,7 milhões podendo chegar a R$ 6 milhões a cobertura.
É tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) – Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.
Fonte: Iphan/Ipatrimônio
Fotos: Nelson Kon