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  • Enseada de São Cristóvão desapareceu para dar vez à Av. Francisco Bicalho

    Da Redação em 23 de Outubro de 2020    Informar erro
    Enseada de São Cristóvão desapareceu para dar vez à Av. Francisco Bicalho

    O Saco de São Diogo, também chamado de Enseada de São Cristóvão, ia da atual rodoviária até os limites da Praça XI. Toda a área foi aterrada durante a gestão do prefeito Pereira Passos (1902-1906) e  ganhou uma avenida principal, originalmente chamada de Avenida do Mangue e posteriormente Av. Francisco Bicalho.

    Esse primeiro trecho da Avenida do Mangue foi construído a partir do aterro – iniciado nos tempos de D. João VI – e da canalização das águas do Mangal de São Diogo. Começava na Praça Onze, antigo Rocio Pequeno, e terminava na altura da Ponte dos Marinheiros, aonde chegavam as águas de um recôncavo da Baía de Guanabara chamado de Saco de São Diogo ou Enseada de São Cristóvão, onde ficava a Praia Formosa.
     
    O projeto, no entanto, era maior que o concluído por Mauá. Previa o aterro de todo o Saco, além da construção de uma extensão do canal, obra que começou a ser feita, ainda no período imperial, pela Comissão de Melhoramentos, criada em 1875, da qual Pereira Passos fazia parte.

    Antes de seu aterramento, a Enseada de São Cristóvão era utilizada para atracar embarcações e via pela qual elas adentravam para se abastecer de água potável, em uma bica localizada na foz do Rio Comprido.
     
    Em 1711, o Saco também foi usado pelo corsário francês René Duguay-Trouin como uma das vias de invasão da cidade, tendo instalado uma bateria de artilharia no alto do Morro de São Diogo. Hoje, só restam os vestígios dessa colina (um prolongamento do Morro do Pinto), onde havia uma pedreira que forneceu granito para a cidade por quatro séculos – dos tempos coloniais à década de 1960.

    O Saco de São Diogo e seus manguezais eram responsáveis pelo alagamento dos terrenos baixos de seu entorno e, por isso, tidos como “focos de miasmas”, que geravam ares pouco saudáveis para a cidade.
     
    Sob o comando da Comissão de Melhoramentos, o aterro da enseada – que se transformaria no segundo trecho da Avenida do Mangue, hoje Francisco Bicalho – começou a ser feito em 1880, com material oriundo do desmonte do Morro do Senado, localizado na Praça da Cruz Vermelha. Sua conclusão ainda incluiu o arrasamento das ilhas dos Melões e das Moças, que ficavam na desembocadura da enseada, altura da atual Rodoviária Novo Rio.

    A coordenação das reformas do porto, a conclusão do aterro e a construção do segundo trecho da Avenida do Mangue ficaram a cargo de um dos mais experientes engenheiros do país: Francisco Bicalho.
     
    Com 95 metros de largura, a via surgida sobre o aterro do Saco de São Diogo foi inaugurada como a mais ampla de todas as avenidas da cidade na época.

    Fonte: Márcia Pimentel/Multirio


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      • Comentário do post Aildison:
        Humanos só servem para destruir o meio ambiente


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