A antiga Pensão Mauá, em Santa Teresa, abrigou na década de 40, artistas e intelectuais brasileiros e estrangeiros, entre eles Manuel Bandeira, Djanira, Scliar, Milton da Costa e serviu ainda de oficina de trabalho do pintor suíço Jean Pierre Chabliz, do escultor polonês August Zamoyski e do pintor e músico alemão Henrique Boese.
Adquirido pela pintora Djanira em 1939, ao se instalar no bairro, o local virou ponto de convívio de diversos artistas e intelectuais da época. Djanira, que tinha sobrevivido à tuberculose, alugava alguns cômodos fornecendo também comida a seus hóspedes por ser ótima cozinheira. Um desses hóspedes foi o jovem pintor romeno Emeric Marcier, recém-chegado ao Brasil.
O casarão de dois andares, na Rua Pascoal Carlos Magno 73, posteriormente abrigou o colégio Tomas de Aquino sendo hoje uma marcenaria. Mesmo tombado pelo Patrimônio Histórico da Cidade em 1994, o espaço está com as instalações bem degradadas precisando de reforma, mas ainda conserva em sua fachada alguns elementos originais de sua construção.
Enquanto a Pensão Mauá era o reduto de estudantes e pintores menos abastados, em outro local de Santa Teresa, o Hotel Internacional, reunia-se um grupo de pintores com melhor situação financeira, incluindo, por exemplo, Arpad Szenes e sua esposa Maria Helena Vieira da Silva, ambos fugitivos, em virtude da ocupação da França pelos nazistas.
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