Localizado dentro do campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ), no bairro Gávea, o Solar Grandjean de Montigny foi projetado e construído em 1823 pelo arquiteto urbanista homônimo para servir de sua própria residência. O francês era chefe da Missão Artística Francesa de 1816 que foi responsável pelo início da "europeização" da cidade do Rio e até hoje é tido como patrono da arquitetura brasileira.
August Grandjean de Montigny era o arquiteto oficial de Dom João VI, professor de arquitetura, paisagista e urbanista. Conhecido e conceituado na Europa, tendo recebido, entre outros, o II Grand Prix de Rome e executado projetos na França, Alemanha e Itália.
O solar é considerado um ícone da arquitetura neoclássica brasileira e um dos mais importantes exemplos da adaptação deste estilo arquitetônico ao clima tropical local.
Embora situada em um grande terreno, a edificação é compacta. No térreo, o porão elevado serve de base para os dois pavimentos superiores e é cortado por uma escadaria de acesso principal do solar.
As características neoclássicas estão presentes na própria escadaria, no pórtico da entrada secundária e nas salas cilíndricas localizadas na parte posterior do edifício, além das colunas que sustentam as varandas em torno da casa, inspiradas nas casas rurais da região.
Em 1980, depois de restaurado, virou centro cultural e museu universitário, sediando diversas exposições e eventos culturais e artísticos da PUC Rio.
Montigny é autor também do projeto da Alfândega (atual casa França-Brasil). A casa é tombada desde 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
O Solar serviu como sua residência até sua morte em 1850, sendo habitado posteriormente por outras famílias até ser adquirido pela PUC junto com o terreno onde seria erguida a universidade.
Fonte: Arq Guia Rio/PUCRIO
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