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  • Decreto exigia abrigos antiaéreos em edifícios construídos no Brasil durante a Segunda Guerra

    Da Redação em 17 de Abril de 2021    Informar erro
    Decreto exigia abrigos antiaéreos em edifícios construídos no Brasil durante a Segunda Guerra

    Dez dias após declarar guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e o Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial, o presidente Getúlio Vargas assinava o decreto 4.098, que, entre outras providências para o conflito, determinava que os edifícios com mais de cinco andares e prédios instalados em estabelecimentos de diversões ou que ocupassem área superior a 1.200 metros quadrados tivessem abrigos antiaéreos (estruturas para proteção da população civil em caso de bombardeio pelo ar).
     
    Anúncios em jornais da época davam amplo destaque à informação da existência do abrigo nos lançamentos residenciais: "edifício dotado de abrigo antiaéreo".
     
    Os diversos abrigos antiaéreos construídos no Brasil na primeira metade da década de 1940 viraram garagens, salão de festas, refeitórios, quartos de despejo e até depósito de lixo.
     
    No Rio de Janeiro, a Galeria Menescal foi construída com um abrigo que posteriormente foi incorporado ao estacionamento do edifício. Dois outros prédios em Copacabana também têm abrigos, o Surubim e o Barão de Ipanema. No Centro, sob a Praça dos Expedicionários, também funcionou um grande abrigo, hoje servindo de estacionamento ao Tribunal de Justiça.
     
    Em Niterói, o edifício Moema chegou a construir um abrigo no bloco A, concluído no início dos anos 40. 
     
    Em São Paulo, o edifício São Luiz, perto da Praça da República, o abrigo antiaéreo hoje tem uma caixa de água, mas já serviu também de depósito de lixo.
     
    Ainda na capital paulista, a construção onde funciona hoje o restaurante Nuevo México, no bairro Santana, também teve seu bunker (foto principal) e hoje serve de espaço para crianças. Em São Paulo, também têm abrigos os edifícios São Tomás (Vila Buarque), Santa Cecília (Santa Cecília), Largo do Arouche e o Hotel Bourbon, que virou uma academia de ginástica.
     
    Em Belo Horizonte, um abrigo foi construído no subsolo do edifício Tupynambás, construído em 1943. Ele ficava três metros abaixo da portaria, com ventilação e comunicação exterior. Hoje está abandonado e funciona como quarto de despejo. As paredes estão mofadas e o lodo ocupa o piso.
     
    Ainda em Belo Horizonte, os 900 metros quadrados do abrigo antiaéreo do edifício Acaiaca, na avenida Afonso Pena, hoje serve de dependências para os empregados, com quarto, refeitório e banheiros, sala para guarda de material de limpeza, além de depósito de lixo.
     
    Fonte: UOL
     
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