O Fuska Bar é um botequim pé sujo que deu a volta por cima e hoje dita moda no Rio de Janeiro. Herdado do pai, à beira da falência, o negócio é tocado por Luiz Fernando Ferreira, 27, fotógrafo profissional (foto). Sem nenhuma experiência anterior em bares, Luiz arregaçou as mangas e transformou o local no queridinho da Zona Sul. O local abriga antológicos encontros de samba (quintas), jazz (sexta), forró (sábados) e chorinho (domingos). As apresentações acontecem gratuitamente na calçada já que o bar tem espaço mínimo. “Meu pai era turrão e não se preocupava em atender bem. Quando eu assumi, trouxe funcionários dedicados e introduzi tiragostos, além de cervejas pielsen que fazem a diferença”, explica Luiz. A fórmula deu certo. O movimento triplicou e o local é disputadíssimo todos os dias da semana.
A sinergia com a cultura é tanta que o Fuska Bar passou a apoiar peças de teatro. “Apoiamos 10 produções por mês em troca de tiragostos e bebidas e ainda oferecemos 20% de desconto para quem apresentar o canhoto do ingresso”, assegura. A iniciativa fez do bar point dos diretores e atores de teatro da cidade. A ponto de, a partir de abril, a casa abrigar a peça “Aceita?”, da diretora Morena Cattoni, que se passa num bar com o público interagindo com os atores.
O cardápio inclui queijo coalho com mel (imperdível), pastéis (sequinhos), bolinho de bacalhau, rabada, costelinha e carne seca com abóbora. A casa ganhou ainda uma nova logomarca criada pelo designer Felipe Nogueira. Luiz Fernando explica que tem um pacto com os vizinhos e que, além de ser acústica, a programação termina “impreterivelmente” às 22h.
Ao ser questionado sobre o diferencial do bar, não titubeia: “O público se sente em casa, num lugar com energia e música de qualidade”.
Vale conferir, palavra do Bafafá!
Foto: Ricardo Rabelo