Varredor de rua, empregado dos serviços de limpeza urbana, lixeiro. Muitos acreditam que seja uma redução de garimpeiro, que igualmente vive de catar, de recolher alguma coisa (no caso, pedras e metais preciosos), mas a versão não tem fundamento.
O termo gari surgiu no Rio de Janeiro, onde um decreto municipal de 1859 determinou a contratação de empresa privada para executar o serviço de limpeza urbana. A empresa contratada foi a Aleixo Gary & Cia Ltda.
Depois da proclamação da República, o Município Neutro do Rio de Janeiro foi transformado em Distrito Federal.
A nova Lei Orgânica aprovada estabelecia que o serviço de limpeza pública passava a ser incumbência direta da administração municipal.
O contrato com a empresa de Aleixo Gary teve que ser cancelado em 1893, mas a família não se desligou totalmente do negócio.
Em 1895, o inspetor do departamento encarregado do recolhimento do lixo era o filho de Aleixo, Luciano Gary. Por essa época, quando o serviço estava em plena expansão, o sobrenome Gary passou a ser aplicado, como gíria, aos trabalhadores, o que acabou eternizando a presença da família no setor.
Extraído do livro A Origem Curiosas das Palavras, do jornalista Márcio Bueno. Publicado pela editora José Olympio, teve seis edições esgotadas, pode ser encontrado no site Estante Virtual