Quando o trecho da Av. Borges de Medeiros, onde é hoje o Parque das Figueiras, foi aberto em 1966, o empresário Ricardo Amaral conseguiu a concessão de um terreno à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas onde construiu o primeiro cinema Drive-In da cidade nos moldes americanos e um espaço chamado Drugstore.
A avenida naquele trecho era ainda de terra e tinha o apelido de "Belém-Brasília" dada a dificuldade em circular. Amaral fez uma extensão da rede elétrica e o asfaltamento até o local e instalou o cinema ao ar livre com capacidade para 420 automóveis.
O drugstore foi uma ideia que ele trouxe da Europa onde era possível comer comidas leves, sanduíches e pizzas e também comprar discos, utensílios numa boutique. Ele mesmo admite, em seu livro "Apresenta Vaudeville", que o empreendimento era uma cópia do Drugstore de Paris..
A decoração do espaço ficou a cargo de Júlio Senna que desenhou nas paredes variedade de animais. Anos depois, o pintor baiano Luiz Jasmin desenhou artistas como Tônia Carrero e Gal Costa.
Não demorou para o local virar o point da juventude "dourada" do Rio de Janeiro. Anos depois, o espaço viraria o também famoso Gattopardo.
O empreendimento agradou também as crianças. Com o apoio de uma empresa de refrigerantes, o drive-in tinha a famosa sessão Coca-Cola, aos domingos às seis e meia da noite, exibindo filmes infantis e com farta distribuição do produto.
O drive-in durou até 1993 e encantou várias gerações. Muitos namoros e casamentos surgiram nas sessões noturnas do local.
Outros surgiram em demais áreas da cidade, como na Ilha do Governador e em Jacarepaguá, todos já extintos.
Fonte: Ricardo Amaral, livro Apresenta Dauville.
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