TURISMO >> Histórias do Rio
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Aberto em 1966, drive-in marcou época à beira da Lagoa
Da Redação em 18 de Outubro de 2021 Informar erro
Quando o trecho da Av. Borges de Medeiros, onde é hoje o Parque das Figueiras, foi aberto em 1966, o empresário Ricardo Amaral conseguiu a concessão de um terreno à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas onde construiu o primeiro cinema Drive-In da cidade nos moldes americanos e um espaço chamado Drugstore.A avenida naquele trecho era ainda de terra e tinha o apelido de "Belém-Brasília" dada a dificuldade em circular. Amaral fez uma extensão da rede elétrica e o asfaltamento até o local e instalou o cinema ao ar livre com capacidade para 420 automóveis.O drugstore foi uma ideia que ele trouxe da Europa onde era possível comer comidas leves, sanduíches e pizzas e também comprar discos, utensílios numa boutique. Ele mesmo admite, em seu livro "Apresenta Vaudeville", que o empreendimento era uma cópia do Drugstore de Paris..A decoração do espaço ficou a cargo de Júlio Senna que desenhou nas paredes variedade de animais. Anos depois, o pintor baiano Luiz Jasmin desenhou artistas como Tônia Carrero e Gal Costa.Não demorou para o local virar o point da juventude "dourada" do Rio de Janeiro. Anos depois, o espaço viraria o também famoso Gattopardo.O empreendimento agradou também as crianças. Com o apoio de uma empresa de refrigerantes, o drive-in tinha a famosa sessão Coca-Cola, aos domingos às seis e meia da noite, exibindo filmes infantis e com farta distribuição do produto.O drive-in durou até 1993 e encantou várias gerações. Muitos namoros e casamentos surgiram nas sessões noturnas do local.Outros surgiram em demais áreas da cidade, como na Ilha do Governador e em Jacarepaguá, todos já extintos.Fonte: Ricardo Amaral, livro Apresenta Dauville.Leia mais:
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O QUE ANDAM FALANDO DISSO:
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Arthur:
É uma parte da história que deveria ser preservada. Torcemos para que algum dia seja possível sua reabertura e o retorno aos bons tempos do cine drive-in! -
Alessandro Zelesco:
Deve-se registrar que o referido "terreno" concedido ao empresário era um aterro que mutilou irremediavelmente o projeto modernista do Estádio de Remo justamente no acesso às garagens de remo sob sua arquibancada baixa. O aterro foi um ato mesquinho de vingança do então governador Lacerda contra o Eng. Laviola, amante do Remo e responsável pela construção do estádio, devido a desentendimentos na adutora do Guandu.
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