TURISMO >> Histórias do Rio
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Aqueduto da Lapa, Paço Imperial e Obelisco foram construídos com rochas de pedreiras do Rio
Da Redação em 06 de Novembro de 2021 Informar erro
A utilização de rochas como principal fonte de matéria-prima para construção de edifícios e ruas era característica peculiar à cidade do Rio de janeiro e arredores, desde sua fundação até o século XIX.As pedreiras históricas influenciaram o traçado urbano e a formação de núcleos populacionais, com conexões econômicas em todos os estratos sociais.O material delas extraído hoje se encontra, em suas diversas formas de uso, expostos no conjunto arquitetônico do chamado Rio Antigo, situado no centro econômico e turístico da capital.Além das casas de moradia, grandes marcos históricos da cidade, como o Aqueduto da Lapa, o Paço Imperial, o Obelisco da Av. Rio Branco e antigas igrejas foram levantadas com blocos de rochas.Com a vinda da Coroa Portuguesa, em 1808, o crescimento urbano ganhou novo impulso e as pequenas frentes de extração abertas em diversos pontos da cidade foram expandidas a fim de atender a uma maior demanda.É, portanto, no século XIX que as regiões centrais e sul da cidade atingem o apogeu da extração de rochas que, sob um regime de exploração intensiva, chega a zonas então distantes, como Copacabana.No entorno do Morro da Conceição, situado entre a atual Avenida Presidente Vargas e a Zona Portuária, desenvolveu-se um grande complexo de extração com frentes conhecidas como São Diogo, Valongo, Livramento e Providência, de acordo com as denominações dadas às diferentes porções do conjunto rochoso. A dimensão deste complexo, cuja explotação prolongou-se até o final da década de 1960, atesta sua importância como fonte de matéria-prima na metrópole em expansão.Outra extração importante no desenvolvimento da cidade era na antiga pedreira localizada na rua Pedro Américo. Dalí saíram as rochas para a edificação da Igreja da Candelária.A própria Igreja da Glória, erguida a partir de 1713, no local onde antes havia a ermida de Antonio Caminha, foi construída com o granito desta pedreira famosa então por fornecer as melhores pedras de cantaria da cidade.Destaque ainda para a pedreira do Morro da Viúva, uma das mais antigas da cidade. Seu primeiro registro oficial data de 1618, quando monges do Mosteiro de São Bento solicitaram à Câmara a concessão de vinte braças de pedreira no morro, então conhecido como Morro do Leripe, para uso das pedras nas obras de sua igreja, iniciada em 1633.E ainda a pedreira localizada ao lado do cemitério São João Batista cujas pedras também serviram para edificar o conjunto.Fonte: Soraya Almeida e Rubem Porto Junior - Depto. de Geociências, UFRuralRJ,Seropédica
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Fernando Ariel Enriquez:
A igreja da Glória, do Caminha é a atual do Outeiro, não a matriz do Lgo. do Machado.
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