Bárbara dos Prazeres, uma imigrante portuguesa nascida em 1770, mudou-se para o Rio de Janeiro no final do século XVIII acompanhada do marido, um fidalgo bem relacionado na corte que posteriormente assassinaria com uma punhalada no pescoço enquanto ele dormia.
Ela consegue se livrar da acusação e cai em desgraça se estabelece em um prédio próximo ao Arco do Teles, uma famosa passagem ligando a Praça XV à Rua do Ouvidor.
Por muitos anos, o Arco do Teles foi local de prostituição e Bárbara manteve ponto onde tinha clientela cativa.
Com o passar do tempo e o inevitável envelhecimento, Bárbara começou a perder clientes. Desesperada para recuperar sua juventude e beleza, ela supostamente se envolveu com práticas de magia negra.
De acordo com a crença popular, Bárbara dos Prazeres foi responsabilizada pelo misterioso desaparecimento de várias crianças da época. A lenda sugere que essas crianças teriam sido utilizadas em rituais sombrios destinados ao rejuvenescimento de Bárbara.
A história de Bárbara dos Prazeres se tornou um dos contos mais macabros do folclore carioca, misturando elementos reais de sua vida com as especulações e temores da população da época.
Embora nunca comprovados, os relatos sobre seus supostos rituais continuam a ser contados, perpetuando a imagem de Bárbara como uma figura enigmática e sinistra na história do Rio de Janeiro.
Tem gente que "jura" que, no Arco do Teles, no escuro da noite, é ouvida até hoje uma gargalhada que seria de Bárbara.