Registros dão conta que o biquíni foi lançado em 1946 pelo engenheiro automotivo francês Louis Réard, que na época administrava a loja de lingerie da mãe em Paris. Ele apresentou a peça como uma bomba e a batizou de biquíni por achar que todos ficariam chocados, assim como ficavam com os testes nucleares nesta região do mundo de domínio americano no Oceano Pacífico.
Mas, a moda pegou mesmo foi na Côte D´Azur, na França, no início dos anos 1950 e oficializado para o mundo por Brigitte Bardot no filme "E Deus criou a mulher".
O biquíni não demorou a chegar ao Rio de Janeiro. Registros dão conta que a primeira vez que uma mulher usou o biquíni foi em 1948, dois anos após o lançamento, quando a modelo alemã Miriam Etz vestiu o traje de banho.
Em 1951, as artistas Carmem Verônica e Mônica Tamar pasaram a usá-lo nas areias da praia de Copacabana em 1952, em frente ao Copacabana Palace, escandalizando os banhistas.
Nos anos 60, Helô Pinheiro democratizou de vez o uso e desfilou os mais diferentes biquínis pelos calçadões cariocas.
O curioso é que existem registros que dão conta que a peça era usada na Pompéia com a descoberta de mosaicos com a deusa Vênus de biquíni.
Na falta do que fazer, Jânio Quadros, ex-governador de São Paulo, foi eleito Presidente da República em 1960 e, durante seu curto mandato, proíbiu o uso de maiôs em concursos de beleza e o uso de biquínis nas praias.
Nos anos 70, uma das aparições mais famosas foi na praia de Ipanema com a atriz Leila Diniz ostentando de biquíni sua gravidez de oito meses. A imagem se tornou símbolo da liberação feminina dessa década.