As primeiras diligências que trafegaram no Rio remontam ao início do século XIX e antecedaram a chegada dos bondes. Aviso Régio assinado pelo Rei Dom João VI, em 1817, concedeu a Sebastião Fabragas Surigué exclusividade para estabelecer uma linha de diligências entre o Centro da Cidade e o Palácio de São Cristóvão, assim como outra para a Fazenda de Santa Cruz.
A finalidade era facilitar o transporte de malas de correio e proporcionar condução cômoda às pessoas que desejassem "beijar a mão" de sua majestade. Eram carruagens puxadas por até quatro cavalos, capacidade para até 10 pessoas e bagageiros, além de quatro a seis janelas de cada lado.
Elas saíam do Centro da Cidade às 04h da manhã para chegar à Fazenda Real de Santa Cruz às 09h30. De lá partiam novamente às 17h30 para chegar à cidade às 22h30 gastando assim mais de cinco horas de viagem.
Pouco antes da metade do século foram inauguradas linhas de diligências para Botafogo, São Cristóvão e Tijuca. Em 1866, havia cerca de 90 diligências fazendo o serviço regular entre diversos bairros e pertencentes a varias empresas. Eram distinguidas por cores diferentes, entre amarelas, roxas, brancas e azuis.
O ponto inicial era no Largo de São Francisco. Até o ano de 1884, existiam 374 diligências. Com a chegada do bonde entraram em decadência e deixaram definitivamente de circular em 1906.
Fonte: Rio de Janeiro em seus 400 anos
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