A Galeria Alaska era o mais famoso reduto gay do Rio e, além de abrigar o Teatro Alaska, com shows de travestis, tinha casas como a boite Stop onde se apresentava a travesti Rogeria nos anos 60 e a Boate Sotão, inaugurada em julho de 1970, que foi o primeiro clube privê do Brasil.
Posteriormente vieram as boites Sótão e Katakombe, uma das mais movimentadas do Rio na década de 1970 e 1980.
Além disso, os bares também eram para o público homossexual numa época que o conservadorismo predominava. A Alaska era praticamente o único lugar do Rio onde era possível "sair do armário" sem ser importunado por isso.
Até o o cantor Agnaldo Timóteo, em 1975, homenageia a Galeria Alaska com a música intitulada “A galeria do amor”. “Na galeria do amor é assim. Muita gente à procura de gente. A galeria do amor é assim. Um lugar de emoções diferentes. Onde a gente que é gente se entende. Onde pode se amar livremente…”, dizia a letra.
Na década de 80, a galeria abrigou a "Noites dos Leopardos" com shows masculinos de nú frontal que atraiam famosos como Elza Soares e Caetano Veloso.
O edifício com a galeria foram construídos em 1951 e durante 40 anos reinou em Copacabana. No final dos anos 80, entrou em decadência e os espaços foram ocupados por igrejas evangélicas, passando a se chamar Galeria Atlântica.