Oficialmente chamado de Casa da Ópera e batizado pela população de "Ópera dos Vivos", foi o primeiro teatro do Rio de Janeiro construído em 1767. Era um teatro particular construído pelo padre Ventura, corcunda, que vestido de batina regia a orquestra.
Consta que ele também subia ao palco para cantar e dançar fados e lundus. A sala não era de grandes dimensões mas satisfazia as necessidades da época.
Entre as peças, eram encenados espetáculos de Antônio José, o Judeu, Pietro Metastásio, Molière e Voltaire.
O teatro queria se contrapor com os espetáculos de fantoches armados em guignols ambulantes, na ocasião em voga no Rio. A casa era chamada Ópera dos Vivos porque os artistas que ali trabalhavam eram de carne e osso, diferentes dos que se apresentavam em teatros de Marionetes
Curioso é que ficava na Rua do Fogo e acabou destruído por um incêndio dois anos depois de sua inauguração. O fogo foi provocado pelas fagulhas lançadas da boca de um realístico dragão que lutava contra Jasão no drama Os encantos de Medéa, de Antônio José.
A rua desapareceu com a abertura da Av. Presidente Vargas no século XX.