A Pedra da Gávea é o maior monólito à beira mar do mundo. Com mais de 800 metros de altitude, por sua localização e características, sempre foi uma referência para navegadores. Um de seus lados é descrito por alguns como um "rosto" humano com "inscrições" de origem fenícia no alto.
Alguns indivíduos defendem a posição de que a inscrição é de origem fenícia e possivelmente uma prova de contato entre culturas pré-colombianas e do Velho Mundo. Entre as teorias alternativas que foram propostas está a de que a rocha era o local de uma colônia de vikings ou que é conectada com a atividade de OVNIs.
No entanto, há consenso entre geólogos e cientistas do Instituto Histórico e Geográfico de que a "inscrição" é o resultado do processo natural de erosão e de que o "rosto" é um produto de pareidolia, um fenômeno pelo qual faz com que seres humanos reconheçam formas, figuras e rostos nas nuvens, rochas, objetos e construções.
Nenhuma evidência credível que sustente a ideia de que a Pedra da Gávea foi esculpida por fenícios ou por qualquer outra civilização não nativa nunca foi coletada. Além disso, o consenso de arqueólogos e acadêmicos no Brasil é de que a montanha não deve ser vista como um sítio arqueológico, sendo todas as hipóteses deste tipo consideradas como teorias marginais.
A suposta inscrição esculpida na rocha da Pedra da Gávea, que alguns afirmam estar em fenício, é pura ilusão de ótica.
De acordo com relatos, missionários cristãos foram o primeiro grupo de pessoas a notar as marcas estranhas. Eles falaram sobre suas descobertas a João VI, o Rei de Portugal na época; seu filho, Pedro I do Brasil, mais tarde se interessou por essas teorias.
Em meados da década de 1950, o Ministério da Educação e Saúde do Brasil negou que o local apresentasse qualquer tipo de escrita, declarando "que o exame feito por geólogos havia provado ser nada mais do que o efeito da erosão do tempo aquilo que parecia ser uma inscrição".
Arqueólogos e estudiosos brasileiros adotaram uma atitude negativa em relação ao tratamento do local, e afirmam que a arqueologia brasileira nega totalmente a existência de inscrições fenícias em qualquer parte do país.
Consta que a Pedra da Gávea tem esse nome por ter sido a primeira montanha vista por marinheiros de uma expedição portuguesa, em 1502. Como se parecia com o cesto gávea (estrutura para observação no mastro de navios), acabou assim batizada.
Fonte: Wikipedia